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Funk no Lolla: WC no Beat, Kevin O Chris e outros dão degustação de como o Lolla seria melhor se o Brasil se amasse mais

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Foi o primeiro show de funk da história do Lolla. MCs de funk e trap tinham cinco minutos, tempo de tocar pedaços de músicas, como se fossem amostras grátis de como seria o festival se o país se valorizasse. Wc no 2º dia de Lollapalooza
Fábio Tito/g1
O show do DJ WC no Beat e convidados do funk e do trap neste sábado (26) foi uma correria que funcionou como uma degustação de como poderia ser o festival em um Brasil que desse mais valor à sua própria música popular.
O espaço inédito a funkeiros no Lolla pode ser algo notável na programação, mas foi recebido naturalmente pelo público, que dançou como se o festival fosse um baile.
Wc no Beat no 2º dia de Lollapalooza
Fábio Tito/g1
“Quem quer ouvir funk dá um gritinho”, perguntou o DJ capixaba, pioneiro na mistura de funk e trap, na abertura do show. A resposta na plateia do palco eletrônico do Lollapalooza foi um gritão.
“Quem quer ouvir mais?”, ele repetiu, antes de ouvir mais gritos e tocar um trechinho de música do DJ GBR, o rei da funk-rave, que há anos é uma uma escolha óbvia e ignorada para estar no palco eletrônico do festival.
WC no Beat no 2º dia de Lollapalooza
Fábio Tito/g1
WC seguiu tocando trechinhos de funks como “Galopa”, de Pedro Sampaio, e “SentaDONA”, com a voz de Luísa Sonza, acompanhado no início por dançarinos e com fogos de artifício.
O ritmo seguiu tipo amostra grátis com Felp 22 e MC TH tocando seus sucessos aos pedaços – que o público curtia mesmo assim.
O mais bem recebido, de longe, foi Kevin O Chris. Trazer uma das principais figuras do pop brasileiro para tocar só cinco minutos de seus vários sucessos foi esquisito, mas melhor que nada. Pelo menos, Kevin teve tempo de faturar e tocar um trechinho de um jingle de fast food.
WC no Beat no 2º dia do Lollapalooza
Fábio Tito/g1
PK teve um tempo um pouco maior e o público cantou do início ao fim seu maior sucesso, “Quando a saudade bater”. Também teve tempo para criticar Bolsonaro e ser aplaudido, um momento repetido em vários shows neste Lolla.
O final seguiu mais voltado ao trap, com a dupla feminina Hyperanhas e os Haikaiss (grupo que também teve um tempo um pouco maior, e que já têm mais estrada).
O festival estava devendo essa. O funk é de longe o estilo que mais renova o pop brasileiro há vários anos. Em duas edições, os funkeiros fizeram apresentações explosivas por vontade de artistas gringos, não da curadoria do Lolla.
Em 2016, MC Bin Laden foi ovacionado com “Tá tranquilo, tá favorável” com Skrillex e Diplo. Em 2019, Kevin O Chris transformou Interlagos num Baile da Gaiola com Post Malone.
Nada mais justo do que dar espaço ao estilo, mesmo em show corrido. Com essa porteira aberta, tomara que o batidão siga e ganhe mais território nas próximas edições.

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