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‘Cavaleiro da Lua’ é uma bagunça confusa, desconcertante e muito interessante; g1 já viu

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Série da Marvel mistura herói com transtorno psicológico, aventura arqueológica, terror e comédia para deixar público tão perdido quanto o protagonista, interpretado por um excelente Oscar Isaac. A nova série da Marvel que estreia nesta quarta-feira (30), “Cavaleiro da Lua”, é uma bagunça. É confusa, desconcertante e obriga o público a correr atrás de algum sentido durante a maior parte do tempo. E, exatamente por isso, é muito divertida.
Tamanha desorientação funciona, pois é reflexo do protagonista do título, portador de um transtorno dissociativo de identidade.
Pelo menos nos quatro primeiros episódios disponibilizados para a imprensa, a série pega emprestado as múltiplas personalidades do herói e mistura terror, aventura arqueológica, thriller psicológico e uma pitada de comédia.
Assista ao trailer de ‘Cavaleiro da Lua’
Tudo isso para deixar o público tão perdido quando o personagem interpretado pelo sempre excelente Oscar Isaac (“Duna”).
Com seis episódios no total, a primeira temporada lançará um por semana, toda quarta, na plataforma de vídeos Disney+.
Diversão no escuro
Em “Cavaleiro da Lua”, Isaac interpreta Steven Grant, um funcionário tímido e atrapalhado de um museu de história em Londres que acredita sofrer de algum distúrbio do sono.
Aos poucos, ele é jogado dentro de uma aventura que envolve mercenários, divindades do Egito Antigo, criaturas monstruosas e um possível antigo amor – sem saber se pode confiar na própria noção de realidade.
Oscar Isaac em cena de ‘Cavaleiro da Lua’
Divulgação
Contar mais do que isso, como o faz a própria sinopse oficial da história, pode estragar a experiência. Afinal, grande parte da diversão é a desorientação provocada pelo ponto de vista do protagonista.
No papel de Grant, Isaac claramente se diverte como há muito não fazia uma produção do tipo, desde o mega sério patriarca de “Duna” (2021) ao piloto escanteado da nova trilogia de “Star Wars”.
Do outro lado, o igualmente ótimo Ethan Hawke (“Fé interrompida”) ajuda a elevar o velho antagonista padrão da Marvel, geralmente uma versão espelhada do herói, só que do mal. Muito do mal.
Ethan Hawke em cena de ‘Cavaleiro da Lua’
Divulgação
Bom começo
Se a confusão funciona, exatamente por ajudar a conectar os espectadores com o protagonista, ela também pode alienar o público geral. Afinal, montar quebra-cabeças com peças faltando não é para todo mundo.
As coreografias das cenas de ação apresentam a excelência esperada de uma produção da Marvel. O que destoa de verdade é a qualidade de alguns dos efeitos visuais.
Em alguns momentos (muitos mais do que o que deveria ser tolerado), o uniforme branco do herói e algumas outras criaturas digitais ficam bem abaixo da média – algo bizarro em itens que não exigiriam computação gráfica, como a capa do protagonista.
‘Cavaleiro da Lua’ tem criaturas e divindades
Divulgação
Ao longo dos primeiros quatro episódios, “Cavaleiro da Lua” constrói e expande bem o seu conceito.
Por mais que alguns dos rumos tomados pelos personagens sejam mais inexplicáveis do que deveriam, e escapem a qualquer lógica mesmo depois de um nível maior de compreensão, eles ainda têm carisma suficiente para manter o público engajado.
Ao fim do quarto episódio, um gancho inesperado, resultado de um momento clichê, introduz novo fôlego à série e funciona como um bom resumo da produção. A conferir como o herói se encaixa no grande universo integrado da editora nos cinemas (e, agora, na TV).
Oscar Isaac em cena de ‘Cavaleiro da Lua’
Divulgação

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