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Balanços dentro de casa? Como eles podem descontrair ambiente e ainda ajudam a relaxar

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Opção de decoração também para espaços pequenos, eles requerem cuidados na instalação. Especialista indica em que prestar atenção. Ana Feitoza, Vinicius e Ana, e Lorena Barreto
Isa Rolim/Arquivo Pessoal/Lorena Barreto
Os balanços são boa pedida de decoração para quebrar a seriedade dos ambientes, até mesmo em lugares menores, dentro de casa, da sala ao quarto. “Se estiver com receio de que seu espaço está meio ‘boring’, vale a pena apostar no item”, diz a arquiteta Sabrina Salles.
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Dos balanços maiores, de formatos diferentes, estofados e almofadas, ao mais simples, com a tábua e cordas, além da nostalgia, eles também são o lugar para momentos de descanso mental e para um tanto de diversão para os moradores e visitantes da casa.
O balanço não precisa de muito espaço e dá um ar descontraído para a casa
Traz de volta memórias da infância e é um lugar para relaxar
Vai virar o lugar mais requisitado e fotografado da casa
Lajes e forros têm necessidades diferentes para a instalação
Cuidado com itens ao redor, nada de vidro ou luminárias por perto
Projeto de Sabrina Salles
Julia Herman
Solução descolada
Quando a criadora de conteúdo Lorena Barreto começou a reforma de seu apartamento, localizado em um prédio histórico dos anos 50, em Belo Horizonte (MG), a ideia era derrubar todas as paredes possíveis e deixar tudo bem amplo. Ela e os arquitetos, no entanto, não contavam com uma viga na sala, o que impediria os planos.
“Os arquitetos sugeriram uma estrutura com varetas metálicas, bem decorativo, e pensei em uma estante vazada para preencher o espaço. Mas seriam saídas só estéticas e custariam muito além do orçamento”, afirma.
Apartamento da Lorena
Arquivo Pessoal
A solução veio da casa dos pais, quando encontrou um balanço de madeira guardado por lá. Buscou referências nas redes sociais e decidiu apostar no item. “Os arquitetos não gostaram muito, não”, lembra.
Como a viga é de concreto, ela não precisou de muitos malabarismos para a instalação. O investimento foi apenas com ganchos e parafusos apropriados. Lorena também enfeitou com uma jiboia que cresceu e se enroscou nas cordas.
“É uma peça inusitada, e dá um charme”, diz a arquiteta Sabrina Salles. “Se estiver com receio de que seu espaço está meio ‘boring’, vale a pena apostar no item”, diz.
Projeto de Sabrina Salles
Julia Herman
Segundo ela, mesmo os ambientes mais sérios podem receber a peça, lembrando que ele vai quebrar essa sobriedade. “Se essa for a proposta, o balanço deixa o ambiente mais leve”, explica.
Sabrina conta que cerca de 80% dos clientes pedem para incluir o balanço nos projetos. “Além do inusitado, traz nostalgia, remete à infância”, diz.
Memória afetiva
A designer de joias e empresária Ana Tomich, e o marido e sócio, Vinicius Faria, também tinham colocado o apartamento à baixo durante a reforma. “A gente queria pôr tudo que sempre sonhamos ali e o balanço era um desses itens”, conta a designer.
“Eu tinha a lembrança de ter um no quintal quando era pequena, e sempre pensei em ter o balanço na sala quando eu tivesse a minha casa.”
Apartamento de Ana e Vinicius
Arquivo Pessoal
No apartamento da Ana e do Vinicius, são dois balanços, um ao lado do outro. O próprio Vinicius e o sogro foram os responsáveis pela instalação. Eles compraram cordas de escalada e os mosquetões para prender no teto.
Vinicius conta que, quando pensaram na opção, alguns anos atrás, não encontraram exatamente o que imaginavam. “Ou eram aqueles balanços de jardim, rústicos ou infantilizados, ou eram aqueles com tecido que, além de não ser o que a gente queria, entravam em um conceito de design fora da nossa realidade, até de investimento”, lembra.
“Hoje encontramos mais opções, mas na época a gente precisou ser criativo e pensar fora da caixa.”
O banco de madeira abaulado foi feito com um marceneiro, a partir de um desenho feito pelo pai da Ana. “É de peroba-rosa, uma madeira que tinha na casa do meu avô”, conta a empresária. “Meu pai também fez aquele nós de marinheiro para ficar bonito.”
Para o toque final, o casal, que adora luzinhas espalhadas pela casa, enrolou pisca-pisca de decoração.
“Íamos receber uma visita que adora lilás e, para agradar, encontrei os pisca-piscas na cor e coloquei no balanço. Adorei o resultado e não tirei mais”, diz.
Estrela da casa
Ana diz que os balanços substituem duas poltronas que complementariam o sofá da sala de estar e são usados no dia a dia, balançando um pouco, “à toa mesmo”. “Agora, quando chegam visitas, é um acontecimento. É o lugar instagramável da casa. Todo mundo quer tirar foto”, conta.
Na casa da Lorena não foi diferente. “Meus amigos adoram. Todo mundo tira foto”, diz.
“É engraçado porque é uma coisa que não estava no projeto, foi totalmente improvisado e virou a estrela da casa”, afirma.
Lorena Barreto
Lorena Barreto
Minutos de descanso
Lorena faz questão de lembrar que, no início, achou que seria apenas uma peça decorativa na casa. Mas o balanço se mostrou um ótimo recurso para descansar a mente.
“Dá uma energia de manhã: eu pego o café, sento, fico paradinha por um tempinho. Depois, apoio o café de lado, balanço um minutinho e já fico super animada. É muito gostoso.”
A designer de interiores Ana Feitoza, que estuda neuroarquitetura, de João Pessoa (PB), também usa o balanço para relaxar diariamente. “Quando estou trabalhando ou estudando, eu paro um pouquinho, sento e fico me balançando”, diz.
Ana Feitoza
Isa Rolim
“Isso me ajuda a aliviar a tensão e o estresse e estimula a criatividade porque me reconecto com uma parte infantil que a gente acaba esquecendo no decorrer da vida.”
A ideia do balanço no apartamento dela veio das redes sociais. “Sempre foi um elemento presente na minha vida e traz a diversão para dentro de casa de forma possível e deixa tudo mais fluido”, conta.
Uma das vantagens, segundo ela, é não precisar de muito espaço. Ana optou por colocar na divisão entre a área da mesa de jantar e a sala. Para a instalação, prendeu com armadores de rede, com quatro parafusos, diretamente no teto.
Apartamento da Ana Feitoza
Arquivo Pessoal
“É um ótimo objeto, tanto decorativo quanto funcional. O balanço aqui é um dos que se tornaram a alma da casa. Todo mundo que vem aqui, a primeira coisa que vê é o balanço, e eu fico até vaidosa.”
A instalação
Apesar de ser um item prático, o balanço requer atenção na instalação. E o primeiro passo é saber se a peça vai ser instalada em uma superfície que aguenta o seu peso, o da pessoa que vai usá-lo e o seu balançar.
“Se for uma laje de concreto, é mais simples. Basta usar parabolts e chumbar na superfície”, explica Sabrina.
Antes de sair furando e prendendo de qualquer jeito, a arquiteta diz para prestar atenção nas instruções de instalação. “Às vezes são necessários dois parafusos ou quatro. Cada modelo vai ter suas especificidades.”
É possível também instalar em tetos com forro de gesso, porém, será necessário abri-lo para chegar até a laje. É nela que o parabolt será fixado.
“Depois, além de fechar o gesso com o balanço alinhado, precisa ainda colocar uma canopla na haste, com um parabolt no teto”, alerta a arquiteta. Dessa forma, o balanço da peça não vai desgastar ou trincar esse gesso.
Os elementos ao redor também precisam ser escolhidos com cuidado. Portas de vidro ou luminárias podem causar acidentes e devem ficar longe. “Instalar ao lado de lustres, por exemplo, também não equilibra bem. Prefira trocar o lustre de luar”, diz.
Projeto de Sabrina Salles
Rafael Renzo
A proposta é ser criativo mesmo. “Coloquei no quarto da minha filha, para substituir uma poltrona perto da janela, e virou uma sensação ali.”

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