Ela e Marcelo Serrado falam dos personagens Pat e Moa e do trabalho de dublês, tema da próxima novela das 7h. Estreia é nesta segunda-feira (30). Paolla Oliveira e Marcelo Serrado
Divulgação/Sérgio Zalis/Globo
A nova novela das 19h, “Cara e Coragem”, estreia nesta segunda-feira (30). Na trama, Pat, interpretada por Paolla Oliveira, e Moa, Marcelo Serrado, estão nos filmes e na TV, sempre dispostos a pular do próximo prédio. Mas como dublês, assim que desligam as câmeras, são totalmente desconhecidos.
“É uma profissão que está sempre se aplicando para o outro, com tanta técnica, e sempre a postos, à disposição, para não serem vistos”, diz Paolla Oliveira, durante entrevista coletiva de apresentação de elenco.
“É engraçado porque tem uma cena na novela em que a Andrea Pratini [atriz-celebridade da novela interpretada por Maria Eduarda de Carvalho] dispensa a minha personagem, a Pat. Ela diz algo como ‘não preciso de dublê, eu mesma faço, não largo meu personagem’”, conta Paolla.
“Morri de rir, porque eu já fiz isso, de dispensar o dublê porque eu mesma queria fazer. Claro que a Pratini tem o jeito dela, não é bem uma vilã, mas tem uma rixa com a Pat. Sempre fui mais educada.”
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Vivendo dublê em nova novela, Paolla Oliveira exalta: ‘É muito difícil a profissão’
Para o papel, ela precisou encarar um workshop para aprender algumas técnicas para rolar de escada, pular em caixa de papelão e lidar com os equipamentos de segurança.
“Existem dublês para tudo, eles estão em todos os lugares. O que faço questão agora é falar mais tecnicamente da profissão e aprender tudo o que posso para usar a novela para, de alguma maneira, ampliar a voz deles.”
“Tivemos toda essa parte de entender um pouco mais sobre efeito especial, porque eles trabalham casados, em uma cena de explosão, por exemplo”, conta. Dos desafios, para Paolla, a maior novidade é a dança aérea, que exige trabalhos diferentes com o corpo.
Paolla Oliveira e Marcelo Serrado
Divulgação/Globo
Para Marcelo Serrado, Paolla tem se jogado mais nas cenas e está disposta a encarar as alturas. “No primeiro capítulo, a gente tinha que pular de um container. Eu dei uma ‘medradinha’ e a Paolla disse ‘tem que ir, né?’ e não teve jeito”, conta.
Ele diz conseguir identificar nas cenas quando é dublê e quando se trata do ator em ação. E tem se divertido por fazer um dublê, que também tem um dublê.
“A gente tenta fazer muita coisa, mas os caras são profissionais.”
“Sempre respeitei os dublês e agora eu os respeito ainda mais”, diz Paolla. “A gente mostra um pouco dos bastidores. A gente faz a cena de ação, os atores saem todos lindos e maravilhosos, com ventiladores e os dublês ali do lado, cagados.”
Mais sobre Pat e Moa
Colegas de profissão e amigos, Pat e Moa são dublês que acabaram de abrir, juntos, sua própria agência de dublês. Pat é casada com Alfredo, por quem tem um sentimento mais de afeto, e com quem tem dois filhos, Sossô e Gui. Ela também tem um amor secreto pelo amigo.
Carmo Dalla Vecchia e Paolla Oliveira
Divulgação/Globo/Fábio Rocha
“Ela vive em um lar muito amoroso, com cheiro de comida. E o amor por Moa é colocado em um lugar muito delicado”, afirma Paolla.
Já Moa alimenta um amor platônico por Pat. Tem uma ex-mulher, Rebeca, e é pai de Chiquinho, por quem faz de tudo para manter a guarda.
Marcelo Serrado
Divulgação/João Miguel Júnior/Globo
“O Moa tem uma mágoa muito grande por ter sido abandonado pela mulher, que ele amava tanto, com o melhor amigo. É uma traição dupla, um trauma que ele vai ter que superar”, diz Claudia Souto, autora da novela. “E ainda vai precisar de coragem para assumir uma relação com uma colega de trabalho que é casada.”
“Ele vive aquele amor que, às vezes, não é momento de acontecer: ela é casada, tem filhos, ele vive sozinho. É muito como Scully e Molder [personagens de Giligan Anderson e David Duchovny em “Arquivo X”], ou o casal em ‘A Gata e o Rato’”, diz Serrado. “É aquele amor que o público vai torcer.”
