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Violonista Iuri Bittar realça afinidades entre Ernesto Nazareth e Radamés Gnattali no álbum ‘Alma brasileira’

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Instrumentista reapresenta dez temas dos dois pianistas e compositores com arranjos para violão. ♪ Autor de estudo referencial sobre Jayme Florence (1909 – 1982), excepcional violonista pernambucano imortalizado na música do Brasil com o nome artístico de Meira, o também violonista Iuri Bittar aborda temas de dois célebres pianistas no álbum Alma brasileira.
No disco, disponível em edição digital desde 1º de julho e com lançamento em CD previsto para a segunda quinzena do mês pela gravadora Biscoito Fino, o paulista (de Franca) Iuri Bittar reapresenta no violão, com arranjos inéditos, dez composições de Ernesto Nazareth (1863 – 1934) – pianista e compositor carioca que contribuiu decisivamente para a difusão do choro, gênero musical que norteia a trajetória de Iuri Bittar como violonista – e do pianista e maestro gaúcho Radamés Gnattali (1906 – 1988).
Primeiro álbum de violão solo da discografia de Iuri Bittar, gravado de outubro a dezembro de 2021 sob direção musical do luthier Ricardo Dias, Alma brasileira – Iuri Bittar interpreta Nazareth e Radamés expõe afinidades entre as obras dos dois compositores e pianistas – conceito nascido quase ao acaso, no processo inicial de criação do disco.
Capa do álbum ‘Alma brasileira – Iuri Bittar interpreta Nazareth e Radamés’
Divulgação
“Eu já estava debruçado em alguns arranjos para peças do Nazareth quando encontrei uma partitura de Alma brasileira, do Radamés. Nunca tinha ouvido aquele choro e o tema da segunda parte me lembrou Nenê, de Nazareth. Comecei a pesquisar mais e encontrei um vídeo no YouTube de um programa comandado por Tom Jobim, na TV Manchete, no qual Radamés falava muito sobre Nazareth, usando exatamente o choro Nenê para demonstrar a Jobim o apreço que tinha pela escrita do pianista. Lembrei da homenagem feita por Radamés na suíte Retratos, na qual dedica o segundo movimento a Nazareth, e a partir daí a ideia do disco foi tomando forma”, relata Iuri Bittar, que, além da violonista, é compositor e produtor musical.
Com cinco temas de Nazareth e cinco temas de Radamés, o álbum Alma brasileira – Iuri Bittar interpreta Nazareth e Radamés reúne um trio de violonistas – João Camarero, Paulo Aragão e Vicente Paschoal – na gravação de Maly, composição de 1920, caracterizada como “tango brasileiro” e publicada postumamente em 2008. O arranjo da faixa é de Paulo Aragão.
Do pianista carioca, Iuri Bittar também reaviva Escorregando (1923), Floraux (1908), Myosótis (1895) e Plangente (1925).
De Radamés, Iuri Bittar toca dois movimentos da Brasiliana nº 13 (1983), remonta a suíte Retratos (1956) – obra-prima do artista gaúcho, abordada no disco Alma brasileira com a participação de Vicente Paschoal – e Bolacha queimada (1958), tema reavivado com o toque do violão de João Camarero, convidado da faixa.
A música que dá nome ao disco, Alma brasileira (1930), também é da lavra de Radamés Gnattali.

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