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Baixista Marcos Paiva mixa improviso do jazz brasileiro com freestyle do rap no álbum ‘Slamousike’

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♪ Contrabaixista, arranjador e produtor musical paulista, nascido em Tupã (SP), Marcos Paiva pisa em território pouco usual – para nomes da cena de música instrumental brasileira voltada para o jazz – com o álbum Slamousike.
Gravado em março no estúdio paulistano Trama Nacena e programado para ser lançado em 5 de agosto, o álbum Slamousike mixa o universo do jazz afro-brasileiro com a cultura do hip hop, reunindo Paiva com o MP6 – sexteto com o qual o baixista iniciou a discografia há 15 anos com a edição do álbum São Mateus (2007) – com os rappers Max B.O., Kivitz, Killa Bi e com a slammer e performer Juliana Jesus.
Após álbuns centrados no universo do choro, caso de Choroso (2015), disco assinado pelo Marcos Paiva Trio, o baixista pôs em prática, ao iniciar em 2017 a gestação do álbum Slamousike com o MP6 e com os rappers, o que começou a apre(e)nder por volta de 2010, quando Paiva começou a frequentar a Cooperativa da Rima de Guarulhos, um dos points da cultura hip hop em São Paulo.
Produzido por Marcos Paiva, mixado por Big Rabello e masterizado por Maurício Gargel, o álbum Slamousike reúne oito músicas autorais – Corre criança, Inspiração, Maestro, Meu caminho, Navegante trêmulo, De samba e passo, Quem vem junto? e Danço e passo – formatadas em estúdio a partir da interação entre o baixista e os rappers.
Marcos Paiva (sentado na foto, com o tênis de detalhe amarelo) posa com o grupo MP6 e os rappers do álbum ‘Slamousike’
José de Holanda / Divulgação
“Escrevi as músicas – que os MCs chamam de base – e comecei a trocar ideias com o Kivitz e o Max B.O.”, relata Marcos Paiva, apresentado um tempo depois à slammer Juliana Jesus e à rapper Killa Bi por Kivitz.
“Com as duas e mais Max e Kivitz, achei que estava fechado. Daí reescrevi as músicas e mudei alguns arranjos para atualizar a sonoridade que estava em minha cabeça”, conta Paiva.
Em cena desde 2006, o sexteto MP6 – grupo formado por Paiva com os músicos Cássio Ferreira (sax e flauta), Daniel D´Alcântara (trompete), Edu Ribeiro (bateria), Gustavo Bugni (piano) e Jaziel Gomes (trombone) – forma a base sonora do álbum Slamousike.
“A música brasileira – seja o samba, o choro, o maracatu, o jongo etc. – tem esses dois pilares estruturais: uma composição forte e um caráter livre, em que prevalece a improvisação. Neste caso, da música brasileira, é uma improvisação com o caráter brasileiro. Muitos chamam de improvisação interpretativa, pois se difere muito da improvisação jazzística vinda do bebop. O rap traz também dois tipos de composição ou estrutura: a letra fechada e o freestyle. Imaginei que poderíamos estabelecer uma linha direta entre esses conceitos. A letra fechada com a composição musical. A rima improvisada (freestyle) com a improvisação brasileira e jazzística”, detalha Marcos Paiva, explicando a gênese do álbum Slamousike.
Marcos Paiva lança o álbum ‘Slamousike’ em 5 de agosto
Antonio Brasiliano / Divulgação

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