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Quero ser rapper… Por que Whindersson, Gabigol e Talisca viraram artistas de trap?

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Jogadores e humorista são fãs do subgênero mais ouvido do hip hop e tentam a sorte como trappers. G1 mostra com vídeo e ilustrações como são essas carreiras paralelas. É raro olhar o top 5 das mais ouvidas nas plataformas de streaming e não encontrar por lá um trap, o subgênero mais ouvido do hip hop, com batidas graves, arranjo arrastado e letras sobre qualquer assunto que vier na cabeça: festas, modas, preconceitos, drogas, sexo…
Fãs desse estilo, o humorista Whindersson Nunes e os jogadores Gabigol e Anderson Talisca vêm se dedicando a uma carreira paralela voltada para o trap. Eles querem reforçar um time que já tem nomes como Matuê, Bin, Jovem Dex, Teto, Kawe e MD Chefe (clique nos nomes para ver entrevistas).
Em vídeos com reacts no YouTube, no geral, rappers profissionais avaliam positivamente o trabalho desses trappers famosos. Era de se esperar. Eles contam com apoio de produtores, cantores e compositores experientes. Pesa também o fato de eles gostarem muito do estilo, é claro.
Dos três, o que parece mais dedicado ao sonho de ser trapper é Whindersson, com a alcunha Lil Whin. Ele tem show marcado no Palco Supernova do Rock in Rio no dia 4 de setembro, onde vai cantar músicas do EP “Vivência”, lançado nesta sexta-feira (19), e outros traps bem-humorados.
Outra iniciativa de jogador de futebol ligada ao trap é liderada por Ronaldinho, mas ele atua mais como empresário do que como rapper. O projeto Tropa do Bruxo foi criado por ele para divulgar artistas do estilo.
Quero ser rapper: conheça o som de famosos que tentam a sorte como cantores de trap
Veja como é a versão trap de Whindersson, Gabigol e Talisca nas ilustrações e no vídeo acima; e na lista abaixo.
Whindersson virou Lil Whind – Os versos são engraçadinhos, bem escritos e o som é quase uma trapisadinha;
Gabigol virou Lil Gabi – Faz um trap com menos misturas e lançou uma música só. “Sei lá” saiu em 2021;
Talisca virou Spark – O som lembra um pouco o trapagode de Bin, juntando o trap com pagode.
Whindersson virou Lil Whind

Ilustrações: G1/Gabs e Max Francioli – Fotos: Divulgação
Criado em 2019, Lil Whind é o projeto de Whindersson Nunes como popstar do trap. O humorista diz que sua faceta rapper é caricata e tem um toque bem-humorado. O rap é somado a influências nordestinas em músicas como “Piauí” e “Cerrado”.
Na fase Lil Whind, o repertório é mais divertido e romântico. “Gosto de rir e de cantar, tudo isso sempre anda junto, e eu consigo fazer várias coisas ao mesmo tempo”, disse ao g1, sobre o começo da carreira musical.
O primeiro show como rapper foi no começo de agosto deste ano. Em um relato publicado no perfil do Instagram, ele disse que a apresentação mostrou que ele ainda tem um caminho “longo” pela frente. Mas acrescentou que quer ver 100 mil fãs fazendo o W com a mão enquanto ele canta músicas como “Alok”, com letra sobre alguém tão na fossa que começa a chorar ouvindo uma música do DJ.
“Eu sou fera demais em aprender, é só ir como eu sempre fiz, devagar, com respeito, ouvindo as críticas e dando meu jeito. Eu digo pra vocês, Lil Whind vai ser uma marca grande e vai mudar muitas vidas um dia. O show vai mudar sua vibe de viver.”
Whindersson Nunes em show como o rapper Lil Whind
Reprodução/Instagram do artista
Ele também exaltou parceiros que o ajudaram na composição e produção das músicas: Arthurzim, Caio Passos, Reid, Omni Black, Math Gadelha e Marcos Baroni. “Eu sei que vocês imaginam que por eu ser famoso eu queria estar com as pessoas mais famosas do meio, mas eu digo a vocês, não troco a noite de ontem com vocês por nenhuma, me diverti muito e me senti vivo de novo! Gratidão!”
RELEMBRE DUETO: Whindersson já cantou com Priscilla Alcantara
A primeira vez oficial de Whindersson na música, sem contar paródias, foi um dueto com Ivete Sangalo em abril de 2020. “Coisa linda” é um pop com suingue, percussão forte e instrumentos de sopro. Em agosto de 2020, Whinderson lançou o EP “No Name”. Naquela fase, músicas como “Paraíso” e “Girassol”, com Priscilla Alcantara, tinham influências religiosas e mensagens motivacionais.

Gabigol virou Lil Gabi

Ilustrações: G1/Gabs e Max Francioli – Fotos: Divulgação
Gabriel Barbosa, atacante do Flamengo conhecido como Gabi ou Gabigol, também é Lil Gabi. A primeira música da carreira saiu em agosto do ano passado. “Sei lá” foi escrita por ele e pelo rapper carioca Choji, com produção de Papatinho, conhecido pelo trabalho com funkeiros, rappers e divas do pop como Anitta e Ludmilla.
PERFIL: Quem é o produtor Papatinho?
“Eu já estava com essa ideia na cabeça, de criar uma música, de poder participar de uma gravação. É algo que me chama muita atenção, gosto muito deste processo criativo”, explicou Lil Gabi, quando a música foi lançada.
Papatinho elogiou o novo nome do trap brasileiro. Segundo o produtor, o camisa 9 do Flamengo “conhece tudo sobre trap”.
Papatinho, Gabigol (Lil Gabi) e Choji no estúdio
Divulgação
“Ele acompanha a cena e já tinha falado que em algum momento gostaria de experimentar cantar. A coisa fluiu naturalmente. Lembrei da composição do Choji e guiei o Gabi. Pela familiaridade com o gênero, ele conseguiu se virar bem e o resultado ficou incrível.”
A letra é no estilo ostentação, como é comum no trap, com várias citações a marcas, festas e, claro, futebol. “Tudo que eu faço é claro que é foda / É por isso que os bico se incomoda / Ando trajado, tô sempre na moda / Se eu tô em campo é certa sua derrota”, canta Gabi.
Talisca virou Spark
Anderson Talisca em sua versão jogador e como o artista de trap Sparks
Ilustrações: G1/Gabs e Max Francioli – Fotos: Divulgação
Anderson Talisca, atacante revelado pelo Bahia e hoje no Al-Nassr, time da Arábia Saudita, também atende pelo codinome de Spark. O apelido foi escolhido por ele ser fã do filme “Um lugar chamado Notting Hill” e do personagem “Spike” (Rhys Ifans, melhor amigo do protagonista vivido por Hugh Grant).
Quando esteve de férias no Rio, em junho passado, gravou um clipe com o rapper L7NNON, uma das atrações do Rock in Rio. O trap “Felina” é mais um passo de Talisca na música.
No Rio: Talisca tenta carreira como rapper e grava clipe
“Eu comecei a me relacionar com a música na escola, tive uma banda. Depois a escola montou um time para jogar futebol. Eu tinha qualidade para jogar futebol, mas não queria. A música foi a primeira coisa que eu conheci na minha vida, chegou antes do futebol”, contou Talisca ao g1, durante a gravação do clipe.
“Eu cheguei a viajar muito com minha banda e a minha mãe acabou me proibindo. Ganhava R$ 10 ou R$ 20 na época de cachê. Era muito pouco. Então, a única saída que eu tinha foi mudar para o futebol.”
Anderson Talisca muda nome para Spark e tenta carreira como rapper
Divulgação/Gabrielbjj7
A banda era de axé e Talisca tocava surdo, mas ele diz que as referências são cantores americanos do pop e a cena brasileira do trap. “As minhas referências musicais são Drake, Chris Brown, Justin Bieber. No Brasil, escuto L7, Delacruz, Vitão. Eu gosto muito do trap, um gênero que teve um crescimento nos últimos anos e consumo muito.”
Nascido em Feira de Santana (BA), Talisca quer misturar o trap com ritmos baianos. Segundo ele, a ideia é manter as duas carreiras em paralelo.

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