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Varíola dos macacos: entenda a transmissão entre humanos e animais e os cuidados necessários

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Juiz de Fora confirmou o 1º caso da doença em cachorro. O g1 conversou com um infectologista e um veterinário para entender como ocorre o contágio e quais os riscos. Vírus Monkeypox visto usando microscopia
Getty Images/Via BBC
O município de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, confirmou o 1º caso de varíola dos macacos em cachorro no Brasil. Trata-se de um filhote de 5 meses que teve contato com o tutor doente e também foi infectado.
Para entender como ocorre a transmissão, quais os riscos e cuidados, o g1 conversou com o infectologista Marcos Moura e com o chefe do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Leonardo Lara e Lanna.
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Veja abaixo algumas perguntas e respostas.
O que é varíola dos macacos?
Quais são os sintomas em humanos e animais?
Como ocorre a transmissão entre humanos e animais?
Quais os cuidados são necessários?
Há riscos?
1 – O que é varíola dos macacos?
Uma doença que foi transmitida aos humanos a partir de um vírus que circula entre animais. Antes do atual surto, ocorria principalmente na África Central e Ocidental, sobretudo em regiões perto de florestas, pois os hospedeiros são roedores e macacos.
É causada pelo vírus monkeypox, que pertence à mesma família (poxvírus) e gênero (ortopoxvírus) da varíola humana. A mesma, no entanto, foi erradicada do mundo em 1980, e era muito mais letal.
2 – Quais são os sintomas em humanos e animais?
O cachorro desenvolveu as lesões cutâneas e na mucosa anal
Reprodução/The Lancet
Os sintomas mais clássicos em humanos são:
febre;
dor de cabeça e dores no corpo;
dor nas costas;
calafrios;
cansaço;
feridas na pele (erupções cutâneas) e
gânglios inchados (que comumente precedem a erupção característica da doença).
Já nos animais:
letargia;
redução de apetite;
febre;
erupções cutâneas semelhantes a espinhas ou bolhas;
inchaços;
tosse;
secreções nasais ou oculares.
3 – Como ocorre a transmissão entre humanos e animais?
A varíola dos macacos é transmitida por meio de:
contato próximo com as lesões de pele;
por secreções respiratórias ou
objetos usados por uma pessoa que está infectada.
De acordo com infectologista Marcos Moura, os animais domésticos têm um contato muito íntimo com os tutores e a transmissão funciona igual de humano para humano.
“É comum o compartilhamento de cama, utensílios, lamber uma ferida e isso pode levar a contaminação. Por isso, cabe ao tutor se isolar também do animal”, afirmou.
O médico ainda contou que ainda não se tem a certeza de que o animal pode retransmitir a doença para outro bicho ou outra pessoa, mas que as medidas de prevenção devem ser adotadas.
“Os pox vírus têm uma resistência mental grande, então em um ambiente contaminado o animal vai estar ali disseminando esse vírus pelo ambiente e pode chegar a outras espécies, inclusive o homem”, complementou.
Ainda conforme o veterinário Leonardo Lara, os relatos, até o momento, são de pessoas que realizavam o isolamento em casa com o animal de estimação. “Ainda não se tem confirmação de transmissão de animais de estimação para humanos”, disse.
4 – Quais os cuidados são necessários?
Ter cuidado não somente com os cães, mas também com gatos e outros animais domésticos;
isolamento de 3 a 4 semanas;
Não deixar as feridas expostas;
Não compartilhar utensílios domésticos e de alimentação;
Realizar limpeza da casa constantemente;
“Pessoas com suspeita ou confirmação da varíola devem evitar o contato com animais, incluindo animais de estimação, para evitar a propagação do vírus. Animais de estimação que tiveram contato próximo com uma pessoa sintomática devem ser mantidos em casa e longe de outros animais e pessoas por 21 dias. Em caso de sinais clínicos no animal de estimação, devem buscar atendimento médico veterinário”, complementou o veterinário.
5 – Há riscos?
As complicações são mais comuns em pacientes com problemas no sistema imunológico. Quadros graves estão relacionados ao surgimento de pneumonia, sepse, encefalite (inflamação do cérebro) e infecção ocular, que pode até levar à cegueira.
“Esse surto mundial está se mostrando com pouca letalidade, mas a gravidade é devido a infecção secundária, uma vez que úlceras e posturas expostas e pode se infectar”, explicou Marcos Moura.
O infectologista alertou que os animais também podem ter a forma grave, não propriamente do vírus, mas devido a infecções secundárias.
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