Grupo mineiro fez apresentação com canções antirracistas, contou com participação do Devotos e fez homenagem a Elza Soares. Black Pantera se apresenta no Rock in Rio 2022
Carlos Brito/g1
Diversidade é uma bandeiras defendidas pelo Rock in Rio. Não por acaso, a banda mineira Black Pantera foi escolhida para abrir a edição 2022 do festival – não apenas pelo intrínseco discurso antirracista de suas composições, mas pelo crossover característico do grupo – estilo que mistura gênero como metal e punk em uma massa sonora com fundo melódico.
Pontualmente às 14h55, o trio de Uberaba – formado por Charles Gama, Chaene da Gama e Rodrigo “Pancho” Augusto – subiu ao Palco Sunset e tocou os primeiros acordes de “Padrão é o caralho”. Não foi necessário muito mais para ganhar o público, já entregue àquela altura.
Seguiram-se “Mocha”, “Godzilla” e “Taca o foda-se”. As três abriram o caminho para “Fogo nos racistas”, um dos pontos altos da apresentação.
Durante toda a apresentação de pouco menos de uma hora, foram cumpridas todas as tradições características dos shows de metal – rodas-punks e interação direta do público com a banda, ocorrida sobretudo quando o guitarrista e vocalista Charles desceu do palco em direção à plateia.
Black Pantera abre o Rock in Rio 2022 com protestos e homenagem
Além disso, ao longo de toda a performance, o público direcionou impropérios ao atual presidente.
O show ainda contou com a participação do Devotos – grupo seminal do punk de Pernambuco. Juntas, as bandas tocaram “De andada”, “Eu tenho pressa”, “Abre a roda” e “Fé demais”.
Quase ao fim, os dois grupos fizeram uma homenagem a Elza Soares tocando uma versão pesada de “A carne”.
Às 15h50, o Black Pantera encerrou o show com “Boto pra fuder”.
Era o início do Rock in Rio 2022.
Vocalista do Black Pantera interage com o público na abertura do Rock in Rio
Carlos Brito/g1
