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Mayra Andrade: quem é a cantora cabo-verdiana que vai cantar com Criolo no Rock in Rio

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Ela e o rapper vão cantar ‘Ogum Ogum’, primeiro feat dos dois, pela primeira vez ao vivo no festival. Depois, Mayra segue em turnê com outros sete shows no Brasil; veja datas. Mayra Andrade conheceu Criolo há 10 anos em um evento em São Paulo, mas a primeira parceria entre os dois só saiu em 2022.
“Ogum Ogum” é uma das canções com mensagem de fé e esperança do álbum “Sobre Viver”, e um bom contraponto entre as letras incisivas do rapper paulistano.
Ela vai ser cantada, pela primeira vez ao vivo, no palco Sunset do Rock in Rio 2022, no sábado, dia 3 de setembro. Ouça, abaixo, entrevista com Criolo no podcast g1 ouviu.
Em entrevista ao g1, na época do lançamento do álbum, Criolo afirmou que o encontro no palco deve passar pela ancestralidade e pela fé, além de elogiar “o quanto a Mayra é importante e forte”.
O show será uma “celebração da trajetória musical do rapper, segundo a assessora de Criolo.
Mayra não entrega muito da participação, mas diz que, além do feat com o rapper, deve cantar alguma do próprio repertório.
“Não vou dar spoiler, porque é importante as pessoas descobrirem ao vivo com a gente e viverem essa surpresa, essa emoção, mas é claro que Ogum vai ser um momento forte”, .
“A primeira vez que a gente faz uma música ao vivo é sempre muito importante, é uma espécie de enraizamento da música e de partilha com cada presença que vai estar lá”, conta ela que ainda não viu um show do Criolo ao vivo.
Últimos shows de ‘Manga’
Mayra Andrade vem ao Brasil para shows no Rock in Rio e em outras seis cidades
Divulgação
Além da participação no Rock in Rio, Mayra também fará outros sete shows no Brasil com o álbum “Manga”, lançado em fevereiro de 2019.
Ela descreve o álbum como “solar”, feito ao se mudar de Paris, onde viveu por 14 anos, para Lisboa.
“É um disco que fala dos afetos, da ausência desses afetos também e do que isso pode causar, fala de liberdade de ser você mesma, fala da história da imigração, fala de uma cultura amorosa, fala de um reencontro de lugares imaginários”, explica.
Turnê de Mayra Andrade terá sete shows, incluindo Rock in Rio e Coala Festival
Reprodução/Instagram/Mayra Andrade
Mayra diz que foi o álbum mais econômico dos cinco da carreira, que começou em 2006. O motivo é simples: era o último do contrato com a Sony, e ela não tinha se decidido se continuaria ou não na gravadora.
“Fechar esse capítulo sem passar pelo Brasil era uma coisa muito bizarra, um sentimento de algo inacabado.”
Ela ainda espera fazer show em Cabo Verde em dezembro, mas depois deve se dedicar a novas músicas.
“Precisava passar por um processo de transformação pessoal, que ainda está acontecendo, para poder perceber o que eu quero para o próximo disco. Estou em um momento no qual parece que é tudo areia movediça, a gente tem que saber dançar com isso.”
Vivências que se refletem na música
Mayra Andrade, cantora de Cabo Verde, faz turnê no Brasil em setembro
Divulgação
Mayra não se lembra quantas vezes esteve no Brasil, mas a primeira aos 18 anos foi decisiva para sua carreira.
Desde pequena, escuta música brasileira e tem Caetano Veloso, Chico Buarque e uma lista grande de artistas como referência para ela.
Após passar uma semana por aqui, Mayra optou por largar a faculdade de Arte e Comunicação que fazia na França, com bolsa de estudos, para se dedicar apenas à música. “Foi sempre música na verdade, aquilo foi um parêntesis”.
Para ela, a graça de fazer shows no Brasil é “sentir a energia palpável circulando nas salas”.
“Perceber que as pessoas saem de lá mais felizes, perceber que estamos todos conectados trazendo uma mensagem em um idioma que ninguém entende lá”, diz a artista que canta na língua crioula em boa parte das músicas.
A cantora nasceu em Cuba, mas foi para Cidade da Praia, capital de Cabo Verde ainda no primeiro mês de vida, onde ficou até os seis anos. Depois, viveu em Dacar, no Senegal, e Luanda, em Angola, até os 10 anos.
Mayra Andrade canta no Rock in Rio 2022 com Criolo
Divulgação
Ela voltou rapidamente para Cabo Verde, mas na sequência foi para a Alemanha. Essa vida agitada e quase nômade é justificada pelo trabalho do padrasto, que era diplomata.
Quando terminou a escola em Cabo Verde, Mayra foi para Paris, onde começou a carreira e ficou por 14 anos.
Foi lá que fez álbuns como “Navega” e “Lovely Difficult”, que chamaram atenção para o seu nome no mercado. Mayra mora em Lisboa há sete anos.
“Vejo [minha música] como um caldeirão de muita coisa, muito embora não me interesse muito analisar o que vem de onde. É mais sobre experienciar as coisas e assimilá-las, elas tornam como parte de nós. Um dia você escreve uma música e percebe que aquela influência saiu aí”.
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