Festas e Rodeios

Jornalista diz que foi alvo de agressão e racismo no Rock in Rio

Published

on

Marcelo Manso contou que situação aconteceu no espaço Itaú após o show do cantor João Gomes. Organização do evento disse que ele foi retirado do local porque invadiu uma área restrita. Marcelo Manso: a credencial foi retirada dele
Arquivo pessoal
O jornalista Marcelo Manso, de 36 anos, denunciou em suas redes sociais que foi alvo de agressões e racismo na Arena Itaú Tik Tok, no Rock in Rio, no domingo (5). A organização do evento nega e disse que ele foi retirado do evento e teve sua credencial tomada porque invadiu uma área restrita.
Mas, segundo Marcelo, ele só acessou o local porque foi orientado. Após o show do cantor João Gomes, ele tentou sair do espaço, foi indicado a seguir por uma porta que o levou a uma área de contêineres. Ainda perdido, ele teria pegado uma cerveja em uma geladeira do local e seguiu tentando sair.
Nesse momento, um homem teria surgido chamando atenção de Marcelo.
“Ele já chegou me empurrando, me chamando de pilantra. Disse que tinha credencial, que estava cobrindo o evento, mas ele seguiu me ofendendo, dizendo que eu era um merda”, disse o jornalista.
Racismo e agressão
Marcelo conta que pegou o celular para registrar a situação e que nesse momento o homem chamou seguranças. Um deles teria lhe aplicado um golpe conhecido como mata-leão, e o homem o teria tomado sua credencial e o obrigado a desbloquear o celular para apagar os registros da confusão.
“Nessa hora, eles falaram: ‘Ou desbloqueia ou a gente te apaga’. Fiquei desesperado, imaginado o que eles fariam comigo. Tentava desbloquear, mas errava a senha, estava nervoso. Foi nessa hora que começaram a dizer que o celular nem devia ser meu, que eu devia ter roubado, que eu não tinha cara para ter um celular daqueles”, lembra.
Foto que Marcelo Manso postou em suas redes sociais para denunciar o caso
Reprodução/Redes sociais
Marcelo diz que em dado momento conseguiu desbloquear o aparelho, e homens apagaram os registros feitos, inclusive da nuvem.
“Fui agredido, alvo de racismo, ameaçado e tive minha privacidade invadida. Nunca imaginei que uma coisa assim fosse acontecer. Já sofri racismo, mas nunca com agressão. Estou com medo e sem conseguir dormir”, diz.
O jornalista registrou o caso como lesão corporal na 19ª DP, na Tijuca, e afirmou que pretende representar contra o autor do fato. Ele também fez exame de corpo de delito no IML.
Perguntado se foi procurado pela organização do evento, Marcelo disse que sim, mas que foi acusado de ter desrespeitado as regras do manual de imprensa. Ele diz que tentou explicar que acessou o lugar por engano.
O g1 também procurou a assessoria de imprensa do Rock in Rio, que afirmou em nota que:
“O Rock in Rio repudia qualquer forma de manifestação de racismo, discriminação e preconceito, mas esclarece que o editor do veículo Portal Mais Brasil, Marcelo Manso, precisou ser retirado pela equipe de produção de uma área restrita de backstage que ele invadiu na madrugada do dia 5, por volta das 2h, entrando no contêiner de um dos diretores de palco”, diz trecho do documento alegando ainda que a equipe de segurança não foi acionada.
“No momento do ocorrido, Marcelo Manso agrediu verbalmente o diretor do evento de 74 anos e teve sua credencial retida. O Rock in Rio está tomando as providências legais cabíveis”, conclui o documento.
A equipe do Itaú se manifestou por meio de um tuíte e disse que ia tentar entender melhor o que houve no caso.
Manifestação do Itaú sobre o caso
Reprodução/Redes sociais
Marcelo nega essa versão e diz que o sonho de cobrir o Rock in Rio se transformou em pesadelo.
“Queria continuar a cobertura, mas não sei se tem clima. Estou tentando ser racional dentro do possível, fiz boletim de ocorrência, corpo de delito, mas estou muito abalado com a forma violenta e desumana com que fui tratado”, diz.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.