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Corinne Bailey Rae traz R&B e músicas suaves, como ‘Put Your Records On’, para Rock in Rio

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Cantora inglesa está em turnê comemorando 16 anos de carreira; álbum de estreia ainda é o mais bem-sucedido. Ao g1, ela diz que gosta de fazer shows sem muito roteiro e que se sente em casa no Brasil. Quando Corinne Bailey Rae veio ao Rio pela última vez, seus colegas de banda tiveram relativa dificuldade de encontrá-la na praia.
Em outros lugares, ela costuma ser a única negra, mas não foi o que aconteceu por aqui. Esse é um dos motivos que faz a cantora inglesa, dona do hit “Put Your Records On”, gostar tanto do Brasil.
“Eles estavam acostumados a olhar e ver uma centena de corpos brancos e depois me ver. Foi tão bom poder estar em algum lugar onde havia tanta gente com a pele morena, em um lugar com uma mistura de pessoas com origens europeias, americanas e africanas, todas misturadas”, diz ao g1.
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“Isso faz você se sentir realmente em casa como uma pessoa que tem uma herança multiétnica. É uma das minhas coisas favoritas sobre estar no Brasil, porque é quando me sinto normal”, completa.
Corinne canta no Palco Sunset do Rock in Rio nesta quinta-feira (8). Antes, ela fez três shows no Brasil com a turnê “Sunlight/Sunlight”, na qual ela revisita os 16 anos de carreira, com sucessos como “Like a Star” e “Trouble Sleeping”, do primeiro e elogiado álbum que leva o nome da artista de 2006.
“Closer” e “Green Aphrodisiac”, dos discos seguintes, devem estar no repertório do show no festival.
À vontade no palco
Corinne Bailey Rae, do hit ‘Put Your Records On’, se apresenta ao vivo
Reprodução/Instagram/Corinne Bailey Rae
Corinne gosta de fazer shows sem grandes planejamentos, tanto que decide pouco tempo antes o que vai ser tocado. As mais clássicas vão estar no repertório, claro, mas também há espaço para músicas de outros artistas.
“Estamos sempre trabalhando em covers, ainda mais durante a turnê, mas tocamos de acordo como feeling, sabe?”
A versão de “Is This Love”, de Bob Marley & The Wailers, está no set desde o último show da cantora no Brasil, em 2019, no Rio Montreaux Jazz Festival.
“Sempre sinto que é um tipo de madeira seca, na qual só é necessária uma única chama. E é assim que me sinto quando estou me apresentando”
“Me sinto muito relaxada porque o público traz a energia e a emoção, tudo o que tenho que fazer é cantar. Às vezes é mais descontraído, às vezes é mais formal, às vezes é como uma balada, realmente só depende do que as pessoas querem ouvir”.
Celebração ao feminino no Rock in Rio
Jessie J, Corinne Bailey Rae, Gloria Groove e Duda Beat cantam no Palco Sunset, no dia 8 de setembro, no Rock in Rio 2022
Alexandre Durão/G1; Divulgação
A cantora de Leeds, no Reino Unido, vai se apresentar no dia 8 de setembro, quando o palco Sunset tem o tema “Divino Feminino”. Jessie J, Gloria Groove e Duda Beat também estão escaladas para esta quinta-feira.
Corinne vai celebrar as mulheres em um dos maiores festivais do Brasil, bem longe de casa, mas nem sempre foi assim.
Ela lembra, que, no começo dos anos 2000 quando começou a cantar, o cenário era bem diferente quando tinha uma banda com outras duas amigas.
“Os organizadores dos festivais costumavam dizer: ‘Desculpe, nós já temos uma banda de garotas naquele palco, então não podemos ter vocês’. Era como se ter uma banda de garotas fosse uma desvantagem para os organizadores”.
Além do palco Sunset na quinta, o festival ainda terá um dia inteiro só com artistas mulheres no domingo (11), último dia desta edição.
Tocam Dua Lipa, Megan Thee Stallion, Rita Ora e Ivete Sangalo no Palco Mundo, e Ludmilla, Macy Gray e Liniker e Luedji Luna no Sunset.
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Mesmo com todas as discussões e conquistas das mulheres nos últimos anos, ainda há muito a ser feito no showbusiness, segundo ela.
“As mudanças estão acontecendo na frente da câmera, mas não nos bastidores. Não estou muito certa do número, mas no Reino Unido a proporção de músicas escritas por mulheres ainda é desigual se comparada com os homens”.
“Muitas vezes você tem uma cantora liderando um projeto, mas pode ser que os produtores sejam homens, os outros compositores sejam homens. Então acaba sendo que as mulheres não estão sendo realmente pagas nesse segmento maior”.

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