Festas e Rodeios

Anitta é ‘revelação’ no Grammy 2023, mas trajetória internacional da ‘girl from Rio’ já tem seis anos

Published

on

Indicação da artista carioca à importante categoria do ‘Oscar da música’ é fruto da explosão do reggaeton ‘Envolver’ no primeiro semestre. Imagem com a indicação de Anitta à categoria ‘Best new artist’ no Grammy 2023
Reprodução / Twitter Anitta
♪ ANÁLISE – Anunciada hoje, 15 de novembro, a indicação de Anitta ao troféu de Best new artist no Grammy 2023 não chega a ser surpresa diante da série de nomeações da artista carioca a prêmios internacionais ao longo deste segundo semestre de 2022.
Tampouco é surpreendente a categoria – Melhor novo artista, numa tradução literal, ou Artista revelação, em bom português – à qual Anitta está indicada na premiação agendada para 5 de fevereiro de 2023 em Los Angeles (EUA).
Sim, é natural que Anitta seja considerada uma “artista revelação” aos olhos e ouvidos dos integrantes da Academia de Gravação dos Estados Unidos, associação responsável pela instituição do Grammy.
Afinal, foi somente com a explosão global do reggaeton Envolver (Anitta, Julio M Gonzales Tavarez, Freddy Montalvoe e José Carlos Cruz, 2021), no primeiro semestre deste ano de 2022, que a Girl from Rio alcançou real visibilidade no universo pop internacional. Só que a trajetória internacional de Anitta começou bem antes.
Há três anos, Anitta já gravou até em disco de Madonna, Madame X (2009), mas foi somente com o efeito viral de Envolver e da coreografia conhecida como El paso de Anitta em rede social que a artista carioca pode, enfim, se dar por vitoriosa na batalha iniciada há seis anos.
Sim, seis anos. Foi em 2016 que o nome de Anitta começou a atravessar a fronteira do Brasil, através da Colômbia, porta de entrada da cantora no mercado de pop latino dos países de língua hispânica.
Singles com os cantores colombianos de reggaetaon J Balvin (o remix de Ginza) e Maluma (Sim ou não) – ambos estrelas ascendentes nesse mercado – foram passos estrategicamente calculados para a tomada do território musical dos Estados Unidos, cobiçado por Anitta desde sempre e hoje enfim conquistado com essa indicação ao Grammy 2023.
A conquista parece fácil, mas exigiu passos calculados, nem sempre certeiros, mas todos encadeados em escalada com rumo certo.
De 2016 a 2022, Anitta fez série de colaborações estratégicas com outros artistas, acionou contatos importantes e lançou dois álbuns nos Estados Unidos, Kisses (2019) e Girl from Rio (2022), ambos sem o efeito esperado.
A indicação de Anitta à revelação do Grammy 2023 acontece sobretudo pela explosão de Envolver, mas também chega no rastro do antológico show apresentado pela cantora em 15 de abril na edição de 2022 do festival norte-americano Coachella.
Tal indicação não deve ser minimizada. Na história do Grammy, Anitta é o quarto nome do Brasil a ser indicado nessa importante categoria Best new artist. Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994) e Astrud Gilberto foram indicados em 1965. Eumir Deodato, em 1974.
Ninguém ganhou até hoje. Mesmo que perca, Anitta já fez (mais uma vez) história na música pop brasileira, vencendo batalha iniciada há seis anos.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.