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Simone Mendes enfatiza estilo sertanejo ao se lançar na carreira solo com o EP ‘Cintilante’

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Cantora acerta ao se aliar ao produtor musical Eduardo Pepato no primeiro registro audiovisual de show feito sem a irmã Simaria. Capa do EP ‘Cintilante’, de Simone Mendes
Allison Demetrio
Resenha de EP
Título: Cintilante
Artista: Simone Mendes
Edição: Universal Music
Cotação: ★ ★ ½
♪ Acessório sobressalente no figurino adotado por Simone Mendes no primeiro disco solo, Cintilante, o chapéu à moda country sinaliza ênfase da artista no estilo sertanejo, impressão corroborada pela audição das quatro músicas inéditas alinhadas no EP lançado ontem, 27 de janeiro, pela gravadora Universal Music.
Se música sertaneja é atualmente um rótulo que designa mistureba de sabor pop que abarca ritmos distintos, a cantora baiana aparentemente se desvia desse caminho e debuta solo no mercado fonográfico – após a conturbada dissolução em 2022 da dupla que formava com a irmã Simaria – com som sertanejo que, dentro dos atuais padrões do gênero, pode até ser considerado de “raiz”.
O toque proeminente da sanfona em Erro gostoso (Lucas Souza, Felipe Marins, Flavinho do Kadet, Edson Garcia, De Ângelo e Eliabe Quexin) – música escolhida para abrir os trabalhos promocionais do EP Cintilante – reforça a sensação de apego ao estilo sertanejo.
Nesse sentido, o convite de Simone Mendes ao produtor Eduardo Pepato para assumir a direção musical da gravação ao vivo – feita em 14 de dezembro de 2022, na Villa Mandacaru, em Itu (SP), cidade do interior do estado de São Paulo – se revelou proveitoso.
Pepato modulou corretamente da voz da cantora – baixando um pouco o tom sem perda do calor da emissão vocal da artista – e deu a forma mais adequada às quatro músicas do EP Cintilante, primeira amostra do repertório de álbum ao vivo que totaliza 12 músicas inéditas.
Composições de qualidade dentro da média (baixa) do gênero sertanejo do século XXI, Amnésia do beijo (Junior Pepato, De Ângelo, Lari Ferreira e Diego Silveira), Arruma a mala (DJ Ivis e Valmir Lima), Dois fugitivos (Diego Silveira, Junior Pepato, Rafa Borges e Lari Ferreira) e a já mencionada Erro gostoso têm cacife para fisgar seguidores do estilo.
Até porque parece haver – dentro do modelo industrial com que foi feito o registro audiovisual do primeiro show solo da artista – uma chama no canto quente de Simone Mendes, um sentimento que se insinua verdadeiro e que talvez capture a emoção do público órfão de Marília Mendonça (1995 – 2021), cantora de emoções reais.
Com brilho próprio, Simone Mendes deixa com o EP Cintilante a impressão de que será bem-sucedida na carreira solo.

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