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Por que Anitta concorre como revelação no Grammy, mesmo após 10 anos de carreira?

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Cantora mais famosa do Brasil terá que disputar estatueta com novatos e até estreantes na música. Semana Pop explica como ela passou a ser vista como aposta nos EUA só a partir de 2022. Semana Pop explica por que Anitta foi indicada como ‘revelação’ no Grammy
Em mais de dez anos de carreira, Anitta fez seu nome se tornar um dos mais famosos do Brasil, e conseguiu ser reconhecida também no exterior. Mas, para ganhar seu primeiro Grammy neste domingo (5), ela terá que superar alguns novatos e até estreantes na música.
Veja a lista completa de indicados
A indicação da cantora na premiação mais importante do ramo fez muitos fãs antigos questionarem os motivos por trás da escolha da categoria Best New Artist (ou, em bom português, artista revelação). No vídeo acima, o Semana Pop esclarece essa dúvida.
Ela concorre ao prêmio com outros nove nomes. São eles:

Omar Apollo: cantor de pop e r&b, que chamou a atenção com seu álbum de estreia, “Ivory, lançado em 2022;
Domi & JD Beck: dupla de jazz formada em 2018, com músicas virais no TikTok;
Samara Joy: outra aposta do jazz, que lançou o álbum de estreia em 2021;
Latto: rapper que bombou com o hit “Bitch from da souf”, de 2020;
Måneskin: aquela banda que todo mundo ouviu com a versão mais chiclete de “Beggin”;
Muni Long: americana que já bombava como compositora, e se destacou como cantora com o álbum “Public displays of affection”, de 2022;
Tobe Nwigwe: artista que viralizou nas redes nos últimos anos fazendo rap com a mulher e os filhos;
Molly Tuttle: cantora que chamou a atenção fazendo música inspirada nas raízes norte-americanas;
Wet Leg: as novas caras do rock alternativo britânico.
Entre os concorrentes, Anitta é uma das que têm a carreira mais longa. Apesar disso, é natural que ela seja considerada uma artista revelação pela Academia de Gravação dos Estados Unidos, associação responsável pela organização do Grammy.
Anitta no clipe de ‘Envolver’, música que a projetou para o Grammy
Divulgação
Isso porque foi só com a explosão global de “Envolver”, no primeiro semestre de 2022, que a brasileira ganhou visibilidade de verdade no cenário pop internacional. A música fez história ao chegar ao topo do ranking de mais ouvidas do Spotify no mundo. Também fez muita gente deitar no chão para tentar reproduzir a coreografia, no famoso “El paso de Anitta”.
É claro que, para chegar lá, ela percorreu um longo caminho. Foram anos tentando emplacar na gringa. Anitta lançou dois álbuns nos EUA, “Kisses” (2019) e “Versions of me” (2022). Também gravou com J Balvin, Maluma, Snoop Dogg, Black Eyed Peas e até Madonna.
Além disso, em 2022, a cantora fez um show antológico no festival americano Coachella. A apresentação, cheia de referências ao Brasil, repercutiu muito e ajudou a levar o nome de Anitta até o Grammy.
Anitta no Coachella 2022
Coachella / Twitter Anitta
Ela tem chance de ganhar?
Anitta vai chegar ao Grammy como uma concorrente forte em uma categoria muito competitiva, segundo os principais veículos especializados e publicações internacionais.
Ela é apontada entre as favoritas por alguns veículos de fora do Brasil, que fizeram apostas sobre a premiação. A variedade da lista mostra como o resultado é imprevisível:
A revista “Billboard”, maior referência da música pop dos EUA, diz que a brasileira está entre os quatro favoritos ao prêmio, junto com Latto, Måneskin e Muni Long, diz que a ganhadora mais provável é Latto.
A revista “Time” aponta duas favoritas: Anitta e Latto.
Os jornalistas da agência AP apostam em Anitta e Tobe Nwigwe.
A revista “Entertainment Weekly” diz que os concorrentes mais fortes são Latto e Måneskin.
O jornal “The Guardian” aposta em Latto.
O jornal “Los Angeles Times” diz que Molly Tuttle deve ganhar.
O site “Vulture”, da revista “New York”, prevê vitória do Wet Leg.
O site “Pitchfork” diz que o vencedor deve ser Omar Apollo.
Os jornais “USA Today” e “The Independent” apostam no Måneskin.
Será uma vitória inédita do Brasil?
Se Anitta levar a estatueta, será a primeira brasileira vitoriosa na categoria de artista revelação. Quatro outros artistas do país já foram indicados, mas nenhum ganhou: Astrud Gilberto e Tom Jobim (1965), Eumir Deodato (1974) e Morris Albert (1976).
Mas diversos outros brasileiros já foram indicados e ganharam Grammys. O auge foi em 1965, quando o Brasil venceu duas das quatro principais categorias: gravação do ano (“The Girl from Ipanema”, com Astrud Gilberto e Stan Getz), e álbum do ano (“Getz/Gilberto”, com João Gilberto e Stan Getz).
Tom Jobim, Eumir Deodato, Sérgio Mendes, Milton Nascimento, Caetano Veloso e Gilberto Gil estão entre os vários brasileiros que já venceram em outras categorias nos anos seguintes (nenhuma dessas vitórias foi nas 4 categorias principais do Grammy, de álbum, gravação, canção e revelação).
Em 2023, a brasileira Flora Purim também concorre na categoria melhor álbum latino de jazz, com o projeto “If You will”.

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