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‘Dancin’ Days’ estreia no Globoplay: relembre novela estrelada por Sônia Braga e Antônio Fagundes

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Obra de Gilberto Braga exibida em 1978 conta a história de ex-presidiária que tenta se reaproximar da filha (Glória Pires). “Dancin’ Days” estreia nesta segunda-feira (13) no Globoplay. A novela de Gilberto Braga exibida em 1978 foi estrelada por Sônia Braga, Antônio Fagundes e Joana Fomm.
Para quem viu a obra na época, ou para quem vai assistir pela primeira vez, o g1 relembra alguns dos principais momentos, além de curiosidades dos bastidores, com dados do Memória Globo.
A novela conta a história a história de Júlia (Braga), uma ex-presidiária que tenta se reconquistar o amor da filha, Marisa (Glória Pires), após passar anos presa por ter atropelado e matado um homem.
Webdoc novela – Dancin’ Days (1978)
Nesse período de reclusão, a jovem tinha sido criada pela tia, Yolanda (Joana Fomm), que dificulta a relação das duas por medo de perder a sobrinha.
Depois de se aproximar da jovem com outra identidade, ela é afastada novamente ao ser descoberta e acaba presa mais uma vez.
A novela dá início a uma segunda fase após alguns anos, quando Júlia volta da Europa completamente transformada.
Nesse meio tempo, ela ainda vive um romance de idas e vindas com o diplomata Cacá (Fagundes).
“Era um personagem cheio de problemas psicológicos, indeciso, como quase todos os personagens masculinos do Gilberto. Ele sempre coloca uma fragilidade no homem. Mas era um personagem muito charmoso, culto, lia muito e fazia citações, muito romântico e perdidamente apaixonado pela heroína, que era a Sônia Braga, a Júlia”, disse o ator em depoimento ao Memória Globo.
“Era um texto fantástico do Gilberto Braga, eu tive sorte de pegar as coisas inovadoras. Gilberto tinha a grande missão de entrar depois de uma novela de Janete Clair e não deixar o ibope cair. E não caiu, aumentou. O elenco era fantástico, e o texto era muito bom”, contou também Joana Fomm.
Dancin’ Days: Júlia e Cacá trocam juras de amor
Curiosidades
“Dancin’ Days” inaugurou o estilo de Gilberto Braga, marcado pela discussão dos valores da classe média e das elites urbanas. Para escrever a história, o autor lançou mão de romantismo e sarcasmo, dois elementos característicos de seu universo ficcional.
A trama se aproveitou da popularidade de “Os Embalos de Sábado à Noite” (1977), filme estrelado por John Travolta, que levou milhões de espectadores ao cinema e impulsionou o sucesso das discotecas em todo o mundo. Pouco tempo antes de a novela estrear, fazia sucesso no Rio de Janeiro a discoteca Dancing’ Days, fundada pelo jornalista e produtor musical Nelson Motta.
Em 1978, “Dancin’ Days” foi tema de uma reportagem da revista americana “Newsweek”, que destacou a influência da novela sobre os hábitos de consumo dos telespectadores.
Além de lançar modismos, como meias coloridas de lurex, ícones de uma geração, a novela promoveu produtos como água de colônia e sandália de salto fino. Foram vendidas 400 mil bonecas Pepa, brinquedo da personagem Carminha (Pepita Rodrigues).
Dancin’ Days: Briga entre Júlia e Yolanda
A personagem Yolanda Pratini seria interpretada, inicialmente, por Norma Bengell. Porém, a atriz se desentendeu com Daniel Filho, e Joana Fomm, que faria Neide, a empregada de Celina (Beatriz Segall), assumiu o papel. A atriz Regina Vianna foi chamada, então, para interpretar a personagem Neide.
O ator Mário Lago emocionou o público no papel do sofisticado e nostálgico Alberico, típico morador de Copacabana, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro – cenário recorrente nas histórias de Gilberto Braga.
Os telespectadores frequentemente confundiam com a realidade o que viam nos capítulos de “Dancin’ Days”. Joana Fomm recebia quase diariamente insultos e até propostas indecorosas por telefone, por conta das maldades de sua personagem, Yolanda. Em entrevista na época, Gilberto Braga confessou que até sua cozinheira havia batido o telefone na cara da atriz.
“Dancin’ Days” foi a primeira experiência de Marcos Paulo atrás das câmeras. O diretor tinha recém-chegado de Nova York, onde fizera um curso de direção de cinema. A convite de Daniel Filho, Marcos Paulo passou a integrar a equipe de diretores da novela ao lado de Dennis Carvalho e José Carlos Pieri.
A trilha sonora internacional de ‘Dancin’ Days’ vendeu quase um milhão de cópias.
Em 2010, Sônia Braga e Antonio Fagundes se reencontraram em cena no episódio “A Adúltera da Urca” da série “As Cariocas”, inspirada no livro homônimo de Sérgio Porto.
Seus personagens foram batizados de Júlia e Cacá, assim como em “Dancin’ Days”, em uma homenagem do diretor Daniel Filho à novela de Gilberto Braga.
“Dancin’ Days” foi apresentada pela rede mexicana Televisa, uma das principais exportadoras de telenovela do mundo. Foi a primeira vez que o México, país com forte tradição na produção de teledramaturgia, exibiu uma novela brasileira.
A novela foi apresentada em cerca de 40 países, entre eles Argélia, Bélgica, Bolívia, China, Colômbia, Espanha, França, Polônia, Portugal e Uruguai. Na Itália, chegou a alcançar um público médio de quatro milhões de espectadores por capítulo.
Dancin’ Days: Júlia é presa por violar a condicional e jura vingança

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