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Lolla diz que empresa autuada por suposto trabalho escravo descumpriu regra e rescinde contrato

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Festival acontece a partir desta sexta-feira (24), no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Billie Eilish, Lil Nas X, Twenty One Pilots, Drake e Rosalía estão entre as atrações principais. O Ministério Público do Trabalho anunciou nesta quinta-feira (23) que abriu procedimento para investigar uma situação de “trabalho degradante” de uma empresa que presta serviço para o festival Lollapalooza.
Segundo o MPT, na noite de quarta-feira (23), a equipe de fiscalização resgatou trabalhadores no Autódromo de Interlagos. Ainda de acordo com o MPT, a situação dos resgatados já foi regularizada.
Segundo a T4F, responsável pela organização do Lollapalooza, a empresa terceirizada Yellow Stripe descumpriu uma regra e teve seu contrato rescindido (leia a nota na íntegra no fim do texto). A Yellow Stripe é responsável pela operação dos bares do festival.
Cinco profissionais da Yellow Stripe foram identificados como vítimas de trabalho análogo à escravidão pela fiscalização do Ministério do Trabalho no Autódromo de Interlagos, disse a produtora do festival.
Esses trabalhadores estavam há cinco dias dentro do Autódromo de Interlagos e, segundo apurado pelos auditores, dormiram no local de trabalho. A produtora do Lolla disse que conta com mais de 9 mil pessoas que trabalham diretamente no local do evento e são contratadas mais de 170 empresas prestadoras de serviços.
O festival acontece nos dias 24, 25 e 26 de março, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Billie Eilish, Lil Nas X, Twenty One Pilots, Drake e Rosalía estão entre as atrações principais.
Leia o comunicado do Ministério Público do Trabalho em São Paulo:
“O Ministério Público do Trabalho em São Paulo informa que na noite de ontem, 22/3, abriu procedimento para investigar caso de trabalho degradante na preparação do Festival Lollapalooza.
Na tarde de hoje houve a primeira audiência com as partes envolvidas e amanhã haverá outra. O procurador oficiante espera formar convencimento a partir das provas e dos depoimentos para decidir o caminho da atuação.
O MPT ressalta que os trabalhadores resgatados pela fiscalização do Trabalho na noite de ontem já tiveram suas situações regularizadas e receberam as verbas rescisórias e horas extras em atuação da Superintendência Regional do Trabalho no Estado de São Paulo, órgão ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego.”
Leia o comunicado da T4F na íntegra:
“Para realizar um evento do tamanho do Lollapalooza Brasil, que ocupa 600 mil metros quadrados no Autódromo de Interlagos e tem a estimativa de receber um público de 100 mil pessoas por dia, o evento conta com equipes que atuam em diferentes frentes de trabalho, em departamentos que variam da comunicação a operação de alimentos e bebidas, da montagem dos palcos a limpeza do espaço e a segurança. São mais de 9 mil pessoas que trabalham diretamente no local do evento e são contratadas mais de 170 empresas prestadoras de serviços.
A T4F, responsável pela organização do Lollapalooza Brasil, tem como prioridade que todas pessoas envolvidas no evento tenham as devidas condições de trabalho garantidas e, portanto, exige que todas as empresas prestadoras de serviço façam o mesmo.
Nesta semana, durante uma fiscalização do Ministério do Trabalho no Autódromo de Interlagos, foram identificados 5 profissionais da Yellow Stripe (empresa terceirizada responsável pela operação dos bares do Lollapalooza Brasil), que, na visão dos auditores, se enquadrariam em trabalho análogo à escravidão. Os mesmos trabalharam durante 5 dias dentro do Autódromo de Interlagos e, segundo apurado pelos auditores, dormiram no local de trabalho, algo que é terminantemente proibido pela T4F. 
Diante desta constatação, a T4F encerrou imediatamente a relação jurídica estabelecida com a Yellow Stripe e se certificou que todos os direitos dos 5 trabalhadores envolvidos fossem garantidos de acordo com as diretrizes dos auditores do Ministério do Trabalho. A T4F considera este um fato isolado, o repudia veementemente e seguirá com uma postura forte diante de qualquer descumprimento de regras pelas empresas terceirizadas.”

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