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No LollaBR e no corre diário: iniciativa leva empreendedorismo preto para dentro do festival!

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Na décima edição, a iniciativa da Vivo potencializa a Presença Preta no festival e reforça a importância da tecnologia para facilitar o dia a dia da galera que abre portas.
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“Se você quer ir longe, vá acompanhado”, diz um provérbio africano. A frase representa muito para quem já entendeu que o futuro é um corre coletivo e, por isso, vibra a cada nova porta aberta por uma pessoa preta.
Na esteira do empreendedorismo, a conquista de alguém não só inspira como também carrega outros tantos talentos juntos. E ter em quem se espelhar é semear possibilidades de futuro na galera que está no corre diário.
Quem optou por empreender no Brasil sabe melhor do que ninguém que esse corre é puxado. Para quem é preto e mora na periferia, o acesso às oportunidades de mostrar seu talento passa por contar com os coletivos formados.
São estilistas, designers, maquiadores, cabeleireiros, tatuadores, produtores musicais e tantas outras profissões que enxergam no “andar acompanhado” uma forma de ir cada vez mais longe. Foi assim que Van Nobre teve seu trabalho e talento reconhecidos.
O poder das relações
Antes de ser a empresária que hoje administra um negócio inteiro voltado à criação, styling e relações públicas entre marcas e artistas pretos, Van Nobre já trilhava um caminho cujo mote principal eram as relações com as pessoas.
Nascida em Americanopolis, no extremo da Zona Sul de São Paulo, a Relações Públicas viveu boa parte da vida em Peruíbe, no litoral, mas retornou à capital paulistana quando decidiu cursar Comunicação. Filha de pai comerciante e mãe assistente social, Nobre já tinha a veia comunicadora.
“Sempre gostei de gente, da interação com pessoas”, comenta, “ e principalmente conhecer mundos diferentes através delas e das conexões”. Já o interesse por moda e imagem começou logo na infância: “eu queria me vestir diferente, fazer diferente”, declara.
Olhar para as pessoas e ser vista era uma meta – que se cumpriu quando Nobre foi convidada a produzir uma festa em uma famosa casa noturna na Barra Funda, centro de São Paulo. Ela já frequentava o espaço e conhecia artistas emergentes da cena, mas aquela seria sua primeira produção de fato.
“Eu nem sabia como fazer aquilo, na época não tinham redes sociais para facilitar o contato com as pessoas. Consegui impactar o público dessa festa no boca a boca e também através de uma nota de jornal, em que eu literalmente convidei as pessoas”, comenta. E deu certo. Mais de mil pessoas compareceram em seu debut como produtora.
A moda e o corre preto
Seu primeiro contato com a moda se deu ainda na época em que trabalhava promovendo festas, quando uma marca de vestuário norte-americana de street wear passou a apoiar os aniversários de Van Nobre na casa noturna onde atuava como RP.
“Foi nesse momento que pensei: preciso trabalhar com essa marca. Vou fazer Moda”, diz. E assim, a creator iniciou uma jornada sem precedentes, em que uma relações públicas era a ponte entre marcas e artistas, com serviços editoriais e styling, antes mesmo dessas profissões terem um nome e um escopo no mercado brasileiro.
Mas se Van Nobre chegou aonde chegou, não foi sozinha. A creator honra as oportunidades que teve ao longo do caminho e mantém vivo seu principal objetivo: fazer conexões reais. “Eu vim de uma zona periférica onde a gente não tinha nem oportunidade de sonhar. Se eu posso, por que os outros não podem?”.
Atualmente, o QG Nobre funciona como empresa de relações públicas, criação e acervo, com incentivo especial a artistas pretos e periféricos, sobretudo do cenário musical, além de projetos estudantis com potencial criativo.
A empresa de Van Nobre fornece inúmeros serviços para marcas e artistas, incluindo o empréstimo de roupas do acervo para aqueles que estão surgindo na cena. “É um investimento”, ela diz, “nós ajudamos esses talentos e eles nos ajudam a divulgar nosso negócio”.
Parceria com a Vivo
Recuperar o espaço e alimentar a própria cadeia é prioridade para a creator. “Onde eu vou, eu levo meu bonde”, comenta Nobre sobre como envolve as pessoas em suas parcerias com as empresas. A Vivo, que patrocina o Lollapalooza com a iniciativa Presença Preta, é um dos cases de que mais se orgulha.
Na edição do ano passado, Van Nobre foi convidada pela Vivo para produzir um styling inspirado no Afrofuturismo – e, com isso, pôde contratar quinze profissionais criativos, incluindo maquiadores, trancistas, DJs e assistentes de produção.
Neste ano, o escopo aumentou. Tendo Nobre como curadora de talentos, a iniciativa recebe dois grandes grupos de pessoas pretas no Lolla Lounge, área VIP do festival: um grupo de empreendedores e outro de creators.
Além de participarem do evento, os grupos terão seus negócios e produções amplamente divulgados pela Vivo antes e durante o Lollapalooza, que ocorre entre 24 e 26 de março no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
Sobre estar a frente desse trabalho, Nobre comenta: “É a melhor coisa que poderia acontecer nesse momento. Sempre fui ao Lolla como convidada, mas finalmente posso me ver representada por tanta gente talentosa”.
No LollaBR 2023, a Presença Preta tá confirmada!
A ajuda do coletivo pode ocorrer de forma presencial, mas é no virtual que ela alcança uma escala muito maior. O uso da tecnologia facilita demais o corre da galera.
Seja para divulgar o próprio trabalho, para buscar os materiais que precisa, para garantir o pagamento pelo serviço oferecido ou para ouvir a música que te lembra de não desistir, a internet está fechada com todos os coletivos.
E no que depender da Vivo, a valorização da cultura preta vai chegar com tudo em um dos festivais mais aguardados do país. O Lollapalooza terá um espaço para fortalecer o corre de várias marcas pretas do universo da moda, beleza, arte e música.
Patrocinadora do Lolla Lounge, a Vivo leva o projeto “Presença Preta” para o local que oferece uma experiência premium. Os convites da Vivo foram destinados à galera preta: um time com mais de 50 influenciadores digitais e empreendedores pretos foi convocado para compartilhar as emoções que o festival vai proporcionar em sua décima edição.
Afinal, se o futuro é um corre coletivo, a tecnologia tem um papel transformador na construção de uma sociedade mais plural e inclusiva.

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