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Chico César e Geraldo Azevedo eternizam um acontecimento musical no álbum ‘Violivoz ao vivo’

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Chico César e Geraldo Azevedo na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador (BA), em dezembro de 2022, na gravação ao vivo do show ‘Violivoz’
Marcos Hermes / Divulgação
♪ ANÁLISE – Entre todos os shows que promoveram em cena o encontro de artistas de gerações e/ou universos musicais distintos, a reunião de Chico César com Geraldo Azevedo na turnê Violivoz resultou especialmente potente e sedutora.
Por isso, é oportuna a edição de Violioz ao vivo, álbum disponível a partir de hoje, 11 de agosto, através de parceria dos selos Chita Discos (de Chico) e Geração (de Geraldo) com a produtora LF + C.
Era preciso registro fonográfico oficial para eternizar show eletrizante, afinado na irmandade entre dois grandes artistas nordestinos – ambos cantores, compositores e músicos hábeis na feitura de música que, partindo dos ritmos da nação nordestina, abarca os sons do mundo sem tirar os pés do Brasil.
Feita em dezembro de 2022 na passagem da turnê por Salvador (BA), a gravação ao vivo perpetua, em álbum e vídeo, apresentação dos cantores na Concha Acústica do Teatro Castro Alves.
Leia a resenha do show dos cantores: “Chico César e Geraldo Azevedo se afinam na irmandade e no estado de poesia do show Violivoz ”
Posto hoje em rotação no YouTube, simultaneamente com a edição do álbum ao vivo, o registro audiovisual do show Violivoz é fiel ao espírito da turnê que, tendo entrado em cena em outubro de 2021 no Recife (PE), ainda continua na estrada após ter passado pelas principais cidades do Brasil (há apresentação agendada para 19 de agosto na casa Qualistage, no Rio de Janeiro).
Violivoz é – como sugere a aglutinação de palavras do título – show calcado na junção de violões e vozes. Só que, na contramão da placidez da maior parte dos shows acústicos, há energia e há fricção no entrelaçamento dos cancioneiros de Chico César (paraibano de Catolé do Rocha) e Geraldo Azevedo (pernambucano de Petrolina), muitas vezes com um artista cantando música do outro, em exposição de afinidades.
É como se a intensidade jovial do rock potencializasse a força de baiões, baladas, folks, reggaes e xotes no repertório essencialmente autoral. Quando saem do trilho autoral, para darem vozes a Paula e Bebeto (Milton Nascimento e Caetano Veloso, 1975), Chico César e Geraldo Azevedo cantam a liberdade de amar. Porque, em essência, os cantadores violeiros fazem a festa em Violivoz com animação e consciência social.
E ninguém pode dizer que Chico e Geraldo não falam de flores… Mesmo em estado de poesia, os artistas – donos das próprias cabeças – ainda atiram pedradas musicais que os engajam na luta por Brasil mais justo.
Enfim, o show Violivoz é um acontecimento musical que justifica a perpetuação da turnê em disco e em vídeo.
Capa do álbum ‘Violivoz ao vivo’, de Chico César e Geraldo Azevedo
Marcos Hermes

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