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Gilberto Gil se reencontra com a banda BaianaSystem, em festival no Rio, quatro anos após show que gerou disco

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Gilberto Gil (à esquerda) divide o palco com Russo Passapusso, vocalista da banda BaianaSystem, no festival carioca ‘Doce maravilha’
Felipe Gomes / Divulgação festival Doce maravilha
♪ DOCE MARAVILHA – Atração principal do primeiro dia do festival Doce maravilha, realizado neste fim de semana no Rio de Janeiro (RJ), o show de Gilberto Gil com a BaianaSystem, Gil Baiana, a rigor não era totalmente inédito.
Cantor e banda se encontraram em cena pela primeira e até então única vez no bloco final de show apresentado em 3 de novembro de 2019 em Salvador (BA), cidade natal de ambos. Gravados ao vivo, os sete números do set conjunto desse show original geraram em abril de 2020 o disco Gil Baiana, ao vivo!, lançado em LP e em edição digital.
Se o áudio já tinha sido ouvido por seguidores dos artistas, o encontro não pode ser caracterizado como déjà vu pelo público carioca que se reuniu na noite de ontem, 12 de agosto, na Marina da Glória, para assistir à apresentação do show Gil Baiana no festival orquestrado com curadoria de Nelson Motta.
Se Gil pareceu engolido pela pegada da banda no número inicial, Água (Antonio Carlos, Jocafi, Ubiratan Marques, Roberto Barreto e Russo Passapusso, 2019) com evocação de Água de beber (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1961), o cantor virou o jogo – embora jamais tenha havido uma disputa em cena, mas uma confraternidade entre artistas nascidos e criados na mesma Bahia preta – quando o roteiro passou a priorizar os sucessos do repertório de Gil, como Nos barracos da cidade (Gilberto Gil e Liminha, 1985) e Extra (Gilberto Gil, 1983).
Bônus do roteiro carioca, Punk da periferia (Gilberto Gil, 1983) e A novidade (Herbert Vianna, Bi Ribeiro, João Barone e Gilberto Gil, 1986) são músicas ausentes do disco.
Já Emoriô (1975), presente no roteiro original de 2019 e no disco, soou diferente por ter se imposto inevitavelmente como tributo ao parceiro de Gil na música, João Donato (1934 – 2023), morto há um mês.
Mesmo sem a toda combustão presumível nos números conjuntos, a potente usina sonora da BaianaSystem trabalhou em harmonia com a máquina de ritmo de Gilberto Gil.

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