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Renata Scotto, cantora italiana de ópera, morre aos 89 anos

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Cantora participou de mais de 300 produções no Metropolitan Opera, em Nova York. Causa da morte não foi revelada. Renata Scotto ao lado do tenor Placido Domingo, nos bastidores da ópera ‘Norma’ de Bellini, em 1981
Elizabeth Richter/AP/Arquivo
Renata Scotto, uma das maiores cantoras italianas de ópera, morreu nesta quarta-feira (16) aos 89 anos. A informação foi confirmada por seu empresário em Nova York, Robert Lombardo.
Segundo as informações da agência de notícias Associated Press, Lombardo foi comunicado sobre a morte da cantora pela família. “Falei com ela algumas semanas atrás e não peguei nenhuma indicação de que algo estava acontecendo”, disse ele à agência.
De acordo com Lombardo, Renata morreu em Savona, sua cidade natal, na Itália. Ela mantinha residências no país e em Armonk, em Nova York, nos Estados Unidos.
Renata participou de 314 produções no Metropolitan Opera desde a sua estreia, em “Madame Buterfly”, de Puccini, em 1965, até sua última apresentação, no mesmo papel, em 1987. Depois de sua carreira como cantora, ela passou a dirigir espetáculos.
“Eu gosto de viver no presente”, disse a artista em 2007, em uma entrevista a Associated Press. “Claro, eu assisto aos meus DVDs. Eu me diverti em todos os segundos da minha carreira. Agora, eu vivo com os cantores jovens. Eu os amo muito.”
Nascida em 24 de fevereiro de 1934, em Savona, na Itália, Renata fez sua estreia na cidade em 1952, como Violeta, em “La Traviata”, de Giuseppe Verdi. No dia seguinte, ela se apresentou com o mesmo papel no Teatro Nuovo, em Milão.
Ela fez sua primeira apresentação no Teatro alla Scala em dezembro de 1957, na noite de abertura da temporada, com a ópera “La Wally”, de Alfredo Catalani, ao lado de Mario Del Monaco e do maestro Carlo Maria Giulini.
Quando estrou no Met, ela foi considerada “uma nova estrela” pelo “The New York Times”.
Quando Renata cantou o papel principal em “Norma”, de Vicenzo Bellini, na noite de abertura da temporada 1981-82 do Met, ela foi vaiada pelos fãs de Maria Callas que se opunham a qualquer outra pessoa cantando o papel.
Ela estrelou ao lado de Luciano Pavarotti na primeira transmissão “Live from the Met” em 1977, de “La Bohème” de Puccini. Com a aproximação do fim de sua carreira de assinante, ela se voltou para a direção.
“Eu amo isso. É completamente diferente, claro”, disse ela à AP. “Há mais responsabilidade – você tem responsabilidade por todos – o palco, o cenário. É outra perspectiva. Você vê o show de forma diferente.”
Renata deixa uma filha, Laura Anselmi Miller, um filho, Filippo Anselmi, e dois netos. Lombardo, seu empresário, informou que os detalhes do funeral ainda não estão definidos. Seu marido, Lorenzo, morreu em 2021.

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