♪ A dois meses de completar 51 anos, em 24 de novembro, Marcelo Santos – o rapper paulistano projetado nos anos 1990 com o nome artístico de Xis – ainda é mais (re)conhecido pelo sucesso Us mano e as mina, música apresentada pelo artista há 24 anos no álbum Seja como for (1999).
Quarto álbum da discografia solo de Xis, em rotação desde 25 de agosto, Invisível azul é tentativa do rapper de dar passo adiante na trajetória fonográfica para obter mais visibilidade na cena atual de hip hop.
“O invisível (do título do disco) é como me senti e me sinto em diversas frentes, como hip hopper, como cidadão, como artista. Mas o azul, significa estar tudo bem, mesmo com as dificuldades que a vida nos impõe”, explica Xis.
Com a pegada de KL Jay nos scratches, o álbum Invisível azul mixa rap com música nordestina em Cutuco di Bituca e conecta MCs de São Paulo (SP) e Santos (SP) na faixa Em casa, gravada com as adesões de DJ Will (do grupo 5 pra 1, afilhado dos Racionais MC’s), Ice Dee e MC Caiçara.
O repertório também inclui as músicas Arquiteto da cabeça (um acid jazz funk com riff chiclete na pegadade Lenny Kravitz, na definição de Xis), Complexo conflito (breakbeat gravado com o DJ RM e o rapper angolano Lukeny Bamba Fortunato), Gostou do meu rap (funk-rap em que o artista cita o influente baile da pioneira equipe Chic Show) e Positividade poética (um trap reggae R&B de estilo festivo, no entender do rapper).
No disco, o artista rebobina A vida é sua, rap em que Xis versa com os integrantes da formação original do grupo Amigos Friends. Primeiro rap cantado por Xis, em 1988, A vida é sua ganha o primeiro registro de estúdio pelo artista no álbum Invisível azul.
A produção musical do álbum Invisível azul foi orquestrada por Xis com André Abujamra, DJ Will, Gás, Otávio Carvalho – responsável pela mixagem – e Wendell Benjamin.
Capa do álbum ‘Invisível azul’, de Xis
Marcos Hermes
