No disco em duo, programado para 6 de outubro, cantora e músico também abordam composições de Jacob do Bandolim, Gonzaguinha e Paulinho da Viola. Capa do álbum ‘Bia Góes e Ricardo Valverde’, programado para ser lançado em 6 de outubro
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♪ Instrumento ressonante de teclas assentadas sobre tubos metálicos, do qual se extrai som percussivo, o vibrafone quase nunca assume o protagonismo em discos.
Daí o caráter pouco usual do álbum Bia Góes e Ricardo Valverde, programado para ser lançado em 6 de outubro com a união da voz da cantora paulistana com o instrumento do vibrafonista e percussionista baiano – residente em São Paulo (SP) – que fez a direção musical do disco anterior da artista, Nosso chão (2021).
No álbum em duo, gravado, mixado e masterizado por Alexandre Fontanetti em 10, 11 e 12 de julho no estúdio paulistano Space Blues, Bia Góes e Ricardo Valverde abordam repertório que vai de samba-canção do seminal compositor mineiro Ary Barroso (1903 – 1964), Inquietação (1935), até uma balada tristonha de outro mineiro, Vander Lee (1966 – 2016), Onde Deus possa me ouvir (2002), gravada com a adesão do violão de Swami Jr. – também presente como baixista no registro de Inquietação.
Ao longo do caminho, cantora e vibrafonista remoem a dor de Meu primeiro amor (Lejania – Hermínio Giménez, 1937, em versão em português de José Fortuna e Pinheirinho Júnior, 1952), seguem a pisada do baião Kalu (Humberto Teixeira, 1952), caem no choro Doce de coco (Jacob do Bandolim, 1951, com letra posterior de Hermínio Bello de Carvalho, 1968), reacendem Vela no breu (Paulinho da Viola e Sérgio Natureza, 1976), reanimam Guerreiro coração (Gonzaguinha, 1980) e espalham Espumas ao vento (Accioly Neto, 1997).
Com arranjos divididos entre Jota Moraes, Swami Jr. e o próprio vibrafonista, o álbum Bia Góes e Ricardo Valverde traz em Guerreiro coração e Meu primeiro amor o toque de quarteto de cordas formado por Adriana Holtz (violoncelo), Eder Esli Grangeiro (violino), Thais Morais (violino) e Tiago Vieira Rocha (viola).
