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Agora Mônica Salmaso é uma estrela… e como tal é tratada na gravação de show de Edu Lobo no Rio

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♪ ANÁLISE – Na opinião de Edu Lobo, Mônica Salmaso é a maior cantora do Brasil na atualidade. O compositor já explicitou essa preferência em algumas entrevistas.
Para admiradores da MPB, Salmaso vem pavimentando trajetória de respeito. Dentro desse nicho, a cantora paulistana conquistou público fiel nos últimos 20 anos, precisamente a partir da edição do quarto álbum, Iaiá (2004), o primeiro com a chancela da gravadora Biscoito Fino.
Contudo, é inegável que o fato de Salmaso ter sido convidada para dividir o palco com Chico Buarque na turnê do show Que tal um samba? (2022 / 2023) – não para uma participação, mas para seguir todo o roteiro com Chico – elevou a artista a outro patamar no segmento da MPB.
Essa elevação ficou bem clara na noite de ontem, 8 de outubro, na estreia do show Oitenta, de Edu Lobo, na Sala Cecília Meirelles, na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Tal como no disco lançado na véspera do show, Salmaso integra o time de convidados de Lobo no espetáculo ao lado de Ayrton Montarryos, Vanessa Moreno e Zé Renato. Só que agora Mônica Salmaso é uma estrela… e como tal foi tratada na apresentação, gravada para gerar registro audiovisual.
A cantora foi a última convidada a pisar no palco da Sala Cecília Meirelles. O tratamento de estrela ficou perceptível na forma calorosa como o público aplaudiu a entrada em cena da cantora. E, verdade seja dita, Salmaso justificou toda a expectativa com intepretação inebriante de Canto triste (Edu Lobo e Vinicius de Moraes, 1966) em memorável número solo.
Na sequência, Salmaso reeditou o canto-embolada de Veneta (2001), tal como no recém-lançado disco Oitenta (2023), e o emendou com a prosódia rapeada de Ode aos ratos (2001). Os dois temas foram compostos por Edu Lobo com Chico Buarque para a trilha sonora do musical de teatro Cambaio (2001).
Além dos números coletivos que vieram a seguir, Salmaso ainda teve momento especial no bis, quando dividiu com o anfitrião o canto de Beatriz (Edu Lobo e Chico Buarque, 1983) em dueto adornado pelo toque do piano de Cristovão Bastos.
Todos brilharam na estreia do show Oitenta, mas, para quem esteve atento aos sinais, Mônica Salmaso agora é uma estrela sem estrelismo. Uma estrela iluminada pelo brilho da voz que se eleva com doses precisas de técnica e emoção.

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