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The Offpspring transforma Lolla em karaokê pop punk… porque o vocalista ficou sem voz

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Banda apresentou repertório divertido e bem recebido por fãs, mas performance vocal de Dexter Holland precisa ser discutida. The Offspring se apresenta no Lollapalooza 2024 e canta Pretty Fly (For A White Guy)
Foi um karaokê pop punk com repertório divertido e boas interações com a plateia. Essa frase poderia ser um elogio. E é. Mas também se trata de algo negativo: a voz de Dexter Holland tem falhado cada vez mais. A plateia cantou a maioria das músicas para ajudar o homem de frente do Offpspring.
Cabe aqui um elogio: ele tenta (em vão) levar tudo no gogó, sem vocais pré-gravados ou backing-vocals imitando seu característico timbre esganado.
Após três participações no Rock in Rio, e shows em outros festivais como os Planetas Terra e Atlântida, The Offspring apresentou no Lollapalooza paulistano nesta sexta-feira (22) um show de pop punk direto e nostálgico.
O setlist combinou com a onda de revival desse som pesado, pop e melódico da segunda metade dos anos 90 e primeira dos anos 2000. É inegável que a banda californiana foi uma ótima escolha para esquentar a plateia para a atração principal da noite, o Blink-182.
O repertório foi festejado pelo público do início (“Come Out And Play”, de 1994) ao fim (“Self Esteem”, do mesmo ano), passando por hits até hoje tocados em rádios rock pelo Brasil como “Pretty Fly (for a White Guy)” e “The Kids Aren’t Alright”.
Mesmo muito bem recebido, é fácil constatar que a performance vocal de Dexter Holland está em queda livre, após bons shows em festivais anteriores e em turnês por aqui com o Bad Religion (em 2019) e com o Pennywise (2020). O cantor de 58 anos já havia rateado na vinda anterior ao Brasil, quando tocaram no Rock in Rio 2022.
O simpático guitarrista Kevin “Noodles” Wasserman, 61 anos de idade e quase 40 de rock, ajuda não só nos vocais de apoio. Remanescente da formação oitentista da banda, ao lado de Dexter, é ele o escalado para interagir com o público. O músico faz um tanto de gracinhas para entreter fãs trajados com capas contra a chuva fina e insistente que caiu no Autódromo de Interlagos.
Ele diz que está na frente de “uma enorme piscina de carne”, apontando para a plateia que lotou a frente do palco principal.
“Este é nosso terceiro Lollapalooza na América do Sul e tenho certeza que será o melhor.” Depois manda um recado para o tempo ruim: “Estou nem aí pra chuva. Foda-se a chuva!”
O repertório tem quatro músicas de cada um dos álbuns mais famosos: o mais pop “Americana”, de 1999; e o mais pesado “Smash”, de 1994. “Let the Bad Times Roll” (2021) e “Days go by” (2012), os dois mais recentes, são esquecidos.
Canções de outros discos dão corpo ao setlist, com 14 faixas tocadas em exata uma hora. São os casos da divertidinha “Original Prankster” e da obstinada “All I Want”. Um bom repertório na noite certa, mas em performance vocal pouco inspirada.

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