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CHICO BUARQUE 80 ANOS – Eis 80 grandes canções em que o compositor assina a música e a letra sem parceiros

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♪ CHICO BUARQUE 80 ANOS – Chico Buarque de Hollanda chega hoje aos 80 anos com nada menos do que 537 músicas autorais registradas no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad).
Destas obras, muitas são parcerias com melodistas do porte de Antonio Carlos Jobim (1927 –1994), Edu Lobo e Francis Hime. Ou, em caráter excepcional, com letristas como Ruy Guerra. Contudo, a maior parte é assinada somente por Chico Buarque, craque na criação de melodias engenhosas e na escrita de letras precisas.
Para celebrar os 80 anos que o artista carioca completa hoje, 19 de junho de 2024, o Blog do Mauro Ferreira lista 80 grandes canções compostas por Chico Buarque sem parceiros. Ou seja, tanto a música quanto a letra são criações exclusivas deste gênio da música do Brasil.
♪ Eis a relação das 80 músicas, dispostas em ordem cronológica:
★ Tem mais samba (1964) – Marco inicial da obra na visão do compositor.
★ Pedro pedreiro (1965) – Um trabalhador brasileiro à eterna espera de dias melhores.
★ A banda (1966) – Todo mundo parou para ver Chico virar unanimidade nacional no festival.
★ A Rita (1966) – Um samba evocativo da verve de Noel Rosa (1910 – 1937).
★ Com açúcar, com afeto (1966) – Canção sobre mulher submissa feita para Nara Leão (1942 – 1989).
★ Morena dos olhos d’água (1966) – Samba imerso em lirismo melancólico.
★ Olê, olá (1966) – Tem samba de sobra na obra de Chico nos anos 1960.
★ Noite dos mascarados (1967) – Marcha-rancho para brincar o Carnaval e brincar de amor.
★ Quem te viu, quem te vê (1967) – Samba garboso que foi para a avenida.
★ Carolina (1967) – Canção tristonha sobre quem vê a vida passar na janela.
★ Roda viva (1967) – Eis que chega a hora de fortalecer o tom político da obra.
★ Sem fantasia (1968) – Canção apaixonada escrita sob ótica feminina.
★ Ela desatinou (1968) – Samba sobre a realidade que se impõe ao fim do Carnaval.
★ Até pensei (1968) – Modinha triste à moda antiga.
★ Rosa dos ventos (1970) – Drama moldado para o canto de Maria Bethânia.
★ Apesar de você (1970) – Todo mundo gostou do samba, menos os censores do Governo Médici.
★ Essa moça tá diferente (1970) – O samba do moça empoderada.
★ Samba e amor (1970) – Retrato dos prazeres da madrugada.
★ Construção (1971) – A canção engenhosa sobre a demolidora engrenagem urbana.
★ Deus lhe pague (1971) – Ironia em meio à asfixia de um Brasil amordaçado.
★ Cotidiano (1971) – Samba hipnótico como a marcha diária da vida.
★ Baioque (1972) – Baião com rock e pimenta.
★ Mambembe (1972) – Ode à vida itinerante do artista.
★ Partido alto (1972) – A cuíca ronca de fome em samba de tom social.
★ Quando o Carnaval chegar (1972) – Samba para esperar a democracia chegar.
★ Joana francesa (1973) – Canção de alma e letra franco-brasileira.
★ Tanto mar (1974) – Celebração das águas democráticas que inundavam Portugal.
★ Gota d’água (1975) – Drama elevado à potência máxima no canto de Bibi Ferreira (1922 – 2019).
★ Basta um dia (1975) – Mais uma canção na linha “qualquer desatenção, faça não…”.
★ Flor da idade (1975) – O cotidiano que vicia toda a quadrilha.
★ Bem querer (1975) – A fúria e a ira santa do amor.
★ Vai trabalhar, vagabundo (1975) – O malandro na praça com samba feito para filme de Hugo Carvana (1937 – 2014).
★ Sem açúcar (1975) – Uma canção sem o afeto conjugal.
★ O que será (À flor da terra / À flor da pele) (1976) – Duas das três letras escritas para o tema do filme Dona Flor e seus dois maridos (1976).
★ Olhos nos olhos (1976) – Canção que abriu a porta das rádios AM para Maria Bethânia.
★ Teresinha (1977) – E chegou o segundo sucesso radiofônico de Bethânia.
★ O meu amor (1978) –Bolero para duelo feminino.
★ De todas as maneiras (1978) – Canção sobre corações que batem desvairados de amor.
★ Pedaço de mim (1978) – Canção tocante sobre o luto da perda de um filho.
★ Uma canção desnaturada (1978) – Canção sobre desamor de mãe.
★ Folhetim (1978) – Bolero que conectou o compositor ao canto de Gal Costa (1945 – 2022).
★ Geni e o zepelim (1978) – Pedras jogadas na hipocrisia social.
★ Sob medida (1979) – Bolero moldado para a voz de Fafá de Belém.
★ Vida (1980) – Música que toca nas feridas.
★ Mar e lua (1980) – Canção sobre o poço escuro de duas mulheres odiadas por se amarem.
★ Não sonho mais (1979) – Arretada música nordestina gravada por Elba Ramalho.
★ Dueto (1980) – Canção para o amor a dois.
★ Deixe a menina (1980) – Samba em defesa da mulher importunada por rapaz sem noção.
★ Bastidores (1980) – Angústias de camarim amplificada pela voz de Cauby Peixoto (1931 – 2016).
★ Morena de Angola (1980) – Samba da África para Clara Nunes (1942 – 1983).
★ As vitrines (1981) – Poesia derramada na letra de canção aliciante.
★ O meu guri (1981) – O compositor dá voz a uma mãe do morro.
★ Samba do grande amor (1983) – Um grande samba para a trilha de filme.
★ Tanto amar (1981) – Paixão com dose de latinidade.
★ Mil perdões (1983) – Canção de inspiração nelsonrodriguiana para Gal Costa.
★ Brejo da Cruz (1984) – Miséria é miséria em qualquer canto como o Brejo da Cruz.
★ Pelas tabelas (1984) – Samba sobre a aflição do amor.
★ Suburbano coração (1984) – O amor e a solidão dos subúrbios.
★ Palavra de mulher (1985) – Juramento feminino na voz assertiva de Elba Ramalho.
★ Las muchachas de Copacabana (1985) – A rumba das mulheres da vida nada fácil de Copacabana.
★ A volta do malandro (1985) – Eis um grande samba de Chico na praça outra vez!
★ Último blues (1985) – Um recado para o malandro no compasso do blues.
★ Estação derradeira (1987) – Samba refinado para a Mangueira.
★ Morro dois irmãos (1989) – Um grande samba do compositor carioca.
★ A mais bonita (1989) – Na solidão do suburbano coração.
★ Paratodos (1993) – Para todos que fizeram e fazem a música do Brasil.
★ Tempo e artista (1993) – Retrato do artista face à finitude.
★ De volta ao samba (1993) – Pensou que o grande sambista não vinha mais, pensou?
★ Futuros amantes (1993) – A grande canção de amor de Chico Buarque nos anos 1990.
★ Biscate (1993) – Samba com o tempero de Gal.
★ Assentamento (1997) – Salve a terra e a Terra!
★ Carioca (1998) – Um giro pela cidade natal com passada no baile funk.
★ Injuriado (1998) – O grande samba do álbum As cidades (1998).
★ Dura na queda (2000) – Samba com a envergadura de Elza Soares (1930 – 2022)
★ Porque era ela, porque era eu (2005) – Grande canção para cinema.
★ Ela faz cinema (2006) – Bela canção para uma mulher que faz cinema.
★ Subúrbio (2006) – Giro pelo subúrbio carioca do funk, do pagode e do rap.
★ Se eu soubesse (2011) – Canção em dueto com o grande amor da época.
★ As caravanas (2017) – Retrato cru do apartheid social carioca nos fins de semana.
★ Que tal um samba? (2022) – Que tal um samba com molho cubano para zerar o jogo?
♪ Leia os textos anteriores do Blog do Mauro Ferreira sobre os 80 anos de Chico Buarque:
♪ CHICO BUARQUE 80 ANOS – Shows festejam aniversário do artista no Rio de Janeiro e São Paulo ao longo do mês
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