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Silva fala sobre retomada da carreira autoral após sequência de shows carnavalescos: ‘Quero continuar sendo relevante’

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Músico foi o entrevistado no g1 Ouviu, o podcast e videocast de música do g1, nesta quinta-feira (01). Silva fala sobre momento de carreira: “Queria continuar sendo relevante”
Depois de uma longa sequência de shows carnavalescos, Silva está se reencontrando em seu trabalho autoral. Em entrevista ao g1 Ouviu, o podcast e videocast de música do g1, nesta quinta-feira (01), o músico falou sobre como recuperou seu lado compositor e o que quer para a carreira daqui para frente.
“O que eu quero é continuar sendo um artista relevante. Não no sentido de visibilidade, mas no sentido de prestígio. O que eu mais quero é que as pessoas que mais admiro sigam gostando do meu trabalho”.
Silva em entrevista ao g1
Kaique Santos/g1
O cantor não lançava um álbum inédito desde a pandemia e estava com uma agenda cheia de shows do “Bloco do Silva”, seu projeto de Carnaval. “Mas minha vida precisava voltar para o Silva compositor, que sente uma coisa diferente. Agora, eu voltei a sentir essa empolgação como artista”.
“Encantado”, sexto disco de Silva, foi lançado em maio. O álbum traz 16 faixas inéditas e une várias referências musicais do artista, que vão do samba ao jazz, passando ainda pelo hip hop e a MPB.
Leia também: Silva renasce e se revigora entre as luzes e sombras do sexto álbum autoral, ‘Encantado’
Nesse álbum, ele se entendeu como um cantor romântico, definição que até então o deixava com “um pé atrás”. Ele contou que foi comparado a Fábio Júnior quando começou a cantar e acabou afastando desse caminho ao longo da carreira.
“Até que meu irmão disse: ‘Você tem noção que você é um cantor romântico?’. E eu comecei a trabalhar isso”.
Hoje, ele entende que o romance faz parte do seu jeito de escrever. “Compor sobre o amor é fácil, quase automático. Eu admiro Djavan, que fala de amor de um jeito não tão direto. Pode ser um próximo grau de maturidade na composição”, afirmou.
Relação com a carreira
Com seis álbuns lançados, ele disse que segue em busca do “elemento surpresa” a cada trabalho.
“O desafio é não se repetir. Fórmula é bom, mas eu fico entediado muito fácil”.
Para ele, o seu próprio sucesso criou uma angústia para se manter naquele lugar. “Eu não faço o que eu não quero. Não adianta forçar. Mas tive muita pressão interna. E minha pressão interna era continuar sendo um artista relevante”, contou.
Apesar da fama, ele tenta manter o pé no chão. “O meu deslumbre tá na qualidade musical. Hoje eu canto melhor que no início, toco violão melhor do que quando comecei. Eu nunca acho que tá bom o bastante, mas não me martirizo”.
Cenário brasileiro
O músico relembrou seus contatos com ídolos, como Gal Costa. “Ela era pontualíssima, acho que foi a maior profissional que já vi na vida. A hora que ela cantava, era uma coisa que não tem igual”.
Quando trabalharam juntos, a cantora baiana encomendou uma música “tipo Etta James com Amy Winehouse” para Silva. “No início, ela não gostou. Aí eu fui para o piano, dei minha alma [compondo ‘Palavras no Corpo’]. E ela amou”.
Silva também disse que sente falta de “uma cena” na música brasileira, à moda de seus ídolos.
“A gente ainda tá refém do mercado. Precisamos criar uma nova música brasileira, ter coragem de quebrar tudo”, disse sobre a música atual.
Silva
Divulgação/Jorge Bispo

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