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Os 85 anos de Francis Hime, o menino pianista que se agigantou na música do Brasil como melodista excepcional

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♫ ANÁLISE
♪ Parafraseando Saiba (2004), canção de Arnaldo Antunes lançada há 20 anos nas vozes do autor e de Adriana Partimpim, saiba que Francis Hime foi neném. E depois foi um menino que começou a estudar piano aos seis anos e que, ao longo da vida, cresceu e se agigantou como um dos maiores melodistas e arranjadores da música brasileira.
Nascido em 31 de agosto de 1939, Francis Victor Walter Hime chega hoje aos 85 anos como um dos grandes nomes da trilha sonora do Brasil. Maestro das melodias iluminadas, Francis Hime conhece os caminhos harmônicos mais recônditos que conduzem o ouvinte ao êxtase musical.
Um álbum com músicas inéditas do compositor – criadas em parceria com Bráulio Pedroso (1931 – 1990), Geraldo Carneiro, Hermínio Bello de Carvalho, Ivan Lins, Milton Nascimento, Moacyr Luz, Olivia Hime, Zé Renato, Zélia Duncan e Ziraldo (1932 – 2024) – chega ao mercado até o fim deste ano de 2024.
Mas hoje é dia de celebrar Francis Hime pela obra monumental que já está no mundo. É dia de festejar a vida do pianista que parece ter uma orquestra nas mãos e na mente prodigiosa. O compositor que já pareceu nascer pronto, a ponto de ter se iniciado oficialmente na música em 1963 como parceiro do então já consagrado poeta e compositor Vinicius de Moraes (1913 – 1980), autor dos versos da canção Sem mais adeus (1963).
Francis Hime merece a alcunha de gênio. É também cantor, mas parece preferir a solidão da criação, a labuta cotidiana do ofício de gerar composições e orquestrações, em casa ou nos estúdios de gravação.
Com letras de Chico Buarque, afinado parceiro da gloriosa fase 1972 – 1984, Hime legou ao mundo melodias aliciantes como as de sambas e canções do alto quilate de Atrás da porta (1972), A noiva da cidade (1976), Trocando em miúdos (1977), Pássara (1980), Amor barato (1981) e Embarcação (1982).
Para quem quiser pescar pérolas no baú de Francis, há joias menos conhecidas como os sambas Gozos da alma (2005) e Navega ilumina (2014), compostos com letras de Geraldo Carneiro. Há também a sedutora canção Minha (1972), da breve parceria com Ruy Guerra.
Há ainda as canções com letras de Olivia Hime, parceira de vida. E há muito mais na eternidade de discografia solo iniciada há 51 anos com o álbum Francis Hime (1973).
Enfim, o menino hoje é um gigante octogenário de 85 anos que merece todas as láureas e prêmios da música brasileira.
Francis Hime posa ao piano, instrumento com que o compositor percorre inusitados caminhos harmônicos e melódicos
Gabriela Perez / Divulgação

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