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Eliana Pittman conecta pagode carioca ao samba paulistano ao cantar obra de Jorge Aragão em álbum com produção musical e arranjos de Rodrigo Campos

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O produtor musical Rodrigo Campos posa em estúdio com a cantora Eliana Pittman: “a voz dela carrega a alma do samba”, elogia o bamba paulistano de São Mateus
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♪ Começou a ser gravado na sexta-feira, 30 de agosto, em estúdio da cidade de São Paulo (SP), um disco que tem tudo para soar emblemático na discografia de Eliana Pittman e da própria música brasileira.
Cinquenta anos após ter reposto a música do norte no mapa do Brasil ao gravar com sucesso o carimbó Sinhá Pureza (Pinduca) no álbum Tô chegando, já cheguei (1974), a cantora carioca conecta a nobre geração Fundo de Quintal do pagode carioca à estética do samba contemporâneo da cidade de São Paulo (SP).
A ligação é feita no disco em que Eliana Pittman canta o repertório de Jorge Aragão – um dos maiores compositores da geração revelada na segunda metade dos anos 1970 – em álbum feito com produção musical e arranjos de Rodrigo Campos, bamba da cena alternativa paulistana surgida nos anos 2000 que se criou nas rodas de samba de São Mateus, bairro da periferia de São Paulo (SP).
“A voz de Eliana Pittman carrega a alma do samba. Minha missão ao produzir este álbum é respeitar essa história, mas também ousar com novas sonoridades, criando ponte entre o clássico e o contemporâneo”, adianta Rodrigo Campos.
“Jorge Aragão sempre foi uma referência para mim. Esse álbum homenageia a tradição do samba e ao mesmo tempo traz uma abordagem minha para a obra do Aragão”, completa Eliana.
Uma das duas músicas gravadas na sexta-feira foi Tendência (1981), música da parceria de Jorge Aragão com Dona Ivone Lara (1922 – 2018) apresentada ao Brasil na voz de Beth Carvalho (1946 – 2019), cantora fundamental para a propagação do cancioneiro de Aragão, integrante da formação original do grupo Fundo de Quintal.
Cantora que deu voz ao então pouco conhecido Martinho da Vila em disco de 1968 e que contribuiu decisivamente para a difusão do samba do bamba João Nogueira (1941 – 2000) ao gravar Das 200 para lá em 1971, Eliana Pittman retomará a gravação do songbook de Jorge Aragão na segunda quinzena deste mês de setembro.
Estão previstas no repertório músicas como Resto de esperança (Jorge Aragão e Dedé da Portela, 1980), Minta meu sonho (1989) e Eu e você sempre (Jorge Aragão e Flávio Cardoso, 2000).
Por sugestão de Rodrigo Campos, exímio conhecedor da discografia de Jorge Aragão, Eliana Pittman gravou na sexta-feira um dos sambas mais lindos dos quintais cariocas, Além da razão (1988). Composto pelos irmãos Sombra e Sombrinha em parceria com Luiz Carlos da Vila (1949 – 2008), o samba Além da razão foi lançado por Jorge Aragão no álbum Raiz e flor (1988).
Idealizado pelo DJ Zé Pedro para a gravadora Joia Moderna (“Eliana é uma das grandes damas da música brasileira e ter Rodrigo na produção musical é garantia de um trabalho de alta qualidade”, avaliza o DJ), o álbum em que Eliana Pittman canta o repertório de Jorge Aragão – com arranjos e produção musical de Rodrigo Campos – tem produção executiva de Thiago Marques Luiz.
O lançamento do disco deverá acontecer entre o fim de 2024 e o início de 2025, ano do 80º aniversário de Eliana Pittman, cantora que vai do samba ao jazz, passando pelo carimbó, sem perder o suingue.
Rodrigo Campos arranja músicas como ‘Tendência’ (1981) para o álbum em que Eliana Pittman canta o repertório de Jorge Aragão
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